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A Injustiça Portuguesa no seu melhor!

mjtc

GF Platina
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Eu, Paulo Sérgio Pereira de Sousa, venho por este meio apresentar queixa referente à empresa de segurança privada Charon. Sou vigilante da Charon desde 2005, e sempre cumpri as minhas obrigações profissionais. Prestava serviço no seguinte horário: 18h/08h, ou seja, cerca de 14 horas diárias de serviço. Estive meses seguidos neste horário, chegando mesmo a fazer 24 horas sem folgar; e ainda era roubado no ordenado pela empresa.

Vivo em Olivais Sul (Lisboa), e o meu posto de serviço era no Monte da Caparica, onde passava cerca de 18 horas fora de casa. Devido a muitas horas de serviço, tinha poucas horas de sono. Com o cansaço até adormecia no carro, quando parava nos sinais de trânsito.

Tenho uma filha de 11 anos, que sofre de escoliose, tendo feita 6 operações às costas. A minha empresa impedia-me de ir com a minha filha às consultas, ameaçando que não podia faltar ao trabalho, onde nem sequer tinha folgas. A situação complicou-se quando meti baixa por motivo de depressão. Tomava antidepressivos, mas por eu não ter dinheiro para comprar medicamentos, refugiei-me no álcool. A Segurança Social cortou-me o subsídio de baixa. Resultado: estive 3 a 4 meses sem receber um tostão!

Devido à situação (trabalho e segurança social), por questões de justiça, apresentei queixas da empresa Charon às seguintes instituições:
- Provedor de Justiça: uma fachada;
- A.C.T. (Autoridade de Condições de Trabalho): até hoje em águas de bacalhau;
- Inspecção de Finanças: sem resultado;
- Apoio à Vítima (APAV): aconselha-me o DIAP; mas as queixas foram encaminhadas para o A.C.T.
- Polícia Judiciária (PJ): estive lá 2 vezes e disseram que não podiam fazer nada.
- Jornal Expresso: entrevistaram-me mais os meus colegas, em 2010, mas os casos mais graves abafaram completamente.
- Segurança Social: apresentei queixa da minha empresa e esta instituição deu o meu nome à minha empresa. Resultado: comecei a receber ameaças e intimidações da parte da Charon!
Fiz três queixas ao Provedor da Justiça, mas sem resposta. Pedi o livro de reclamações à Segurança Social do Arieiro (Lisboa), mas negaram-me duas vezes a ceder o livro de reclamações, pois não queriam ficar com a "batata quente" nas mãos. Por esse motivo, meti uma acção judicial contra a segurança social, e pedi apoio jurídico a um advogado especialista nestes assuntos.

Quando estive de baixa, tinha sido encaminhado para um psicólogo que disse que o meu estado mental estava preso por um fio. Estive lá 3 ou 4 vezes e sentia-me melhor até a segurança social cortar-me o subsídio de baixa. Resultado: cortaram-me o subsídio de baixa, e assim comecei a beber álcool e deixar de ir ao psicólogo!

Mandaram-me à Inspecção Médica da Segurança Social na Avenida dos E.U.A., e ia todos os meses, nunca faltando à inspecção. Mas comecei a sentir suores por todo o corpo e picadas na cabeça. Perante a minha situação doentia, os médicos davam o seguinte conselho: “O senhor tem que ir trabalhar, não lhe podemos pagar o subsídio. Se anda todo trocado, vá para a reforma de invalidez”. A minha médica de família passou-me um relatório da minha saúde para ser entregue na inspecção médica. Resposta na inspecção médica: “Este relatório não serve, só tem 2 linhas, e tem 10 dias para trazer outro”. A minha médica não deu outro relatório, dizendo que não tem culpa dos colegas não perceberem o que ela escreveu. Neste caso, encaminhou-me ao psiquiatra, que deixei de lá ir por falta de subsídio. Na última inspecção médica, a presidente da Comissão Médica disse que eu não receberia mais o subsídio, e aconselhou-me reformar por invalidez. Alegando que eu precisava de tratamento psiquiátrico.

Mas até receber a reforma de invalidez, não podia deixar de receber o subsídio de baixa. Mas foi isso que fizeram comigo. A minha médica disse-me que os colegas não podiam cortar o subsídio e que por ela, já estava reformado por não ter condições para trabalhar.

Esta inspecção médica é famosa pelas queixas de acções da parte dos utentes contra estes médicos. As situações nesse sítio são caricatas:
- Gritos e vasos pelos ares;
- Utentes arrancam os cabelos aos médicos;
- Computadores partidos.
É raro o dia que a polícia não vai lá. Recebi uma mensagem do Ministro da Solidariedade e da Segurança Social, Pedro Mota Soares, que prometeu analisar o meu caso.

Autor: Paulo Sérgio Pereira de Sousa, vigilante na Charon.
 
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mjtc

GF Platina
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Situação caricata com A.C.T.

Em 2008 desloquei-me ao A.C.T. em Almada, onde mostrei os meus recibos de vencimento e folhas de horas extras, com irregularidades. A Dr.ª Helena do A.CT. olhou para os recibos e virou-se para mim com um tom de voz alta e arrogante, e disse que como quer fazer uma queixa da Charon se os recibos estão errados, e as horas extras nem sequer constam nos recibos. Virei para a Dr.ª Helena e disse-lhe se algo está mal, o seu dever é verificar o que se passa.

Devido aos factos, a Dr.ª Helena passa a informação a uma colega para avançar com a queixa. Mas quando o A.C.T. ia aos postos dos vigilantes, informava o supervisor da segurança (isso dava tempo para fazer umas alterações nas escalas de serviço, ou substituir por outras em caso de emergência).

Mesmo depois de ter sido detectado irregularidades nos postos, o A.C.T não fez nada. Perante isso, telefonei ao inspector do A.C.T., Paulo Cunha, que estava a par da situação. Resposta do inspector: ou fazia um acordo com a Charon para pagar a multa ou pagava aos vigilantes! Por lei, o A.C.T. não pode fazer este tipo de acordos, seria infringir a lei.

Autor: Paulo Sérgio Pereira de Sousa, vigilante na Charon.
 

mjtc

GF Platina
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Situação caricata com a Segurança Social

Como não resolvi o meu problema no A.C.T., desloquei-me à Segurança Social do Arieiro (Lisboa), onde apresentei queixa da Charon, com documentos provando que a empresa fugia ao fisco. Resultado: a segurança social deu o meu nome à Charon, e recebi ameaças desta empresa!

Por esse motivo, desloquei-me à Avenida da República, onde falei com um inspector da segurança social, João Foios, que limitou-se a apresentar relatórios de queixas feitas por outros vigilantes contra a Charon. Neste rol de queixas, incluía também outra empresa de segurança privada: Palanca que fazia parte do grupo Charon! Nenhuma destas queixas foi resolvida.

Autor: Paulo Sérgio Pereira de Sousa, vigilante na Charon.
 

kokas

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Infelizmente é o país que temos, pode ser que um dia mude, parece-me que já faltou mais.
 

mboot

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Sinceramente, empresas de segurança é das poires coisas que já vi a nível de trabalho precário. Já vi um homem a trabalhar 16h por dia durante 3 semanas sem nenhuma folga sequer. O pior é que o estado está cada vez mais a incentivar estas situações. Enfim, sempre ouvi dizer que quando não verga, parte e a paciência dos portugueses esta-se a esgotar...
 

jorgehsilva

GF Prata
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Por isso é que eu conheço um patrão de uma empresa de segurança que à porta de casa tem um Porsche Cayenne e um Hummer...

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