mjtc
GF Platina
- Entrou
- Fev 10, 2010
- Mensagens
- 9,475
- Gostos Recebidos
- 10
Eu, Paulo Sérgio Pereira de Sousa, venho por este meio apresentar queixa referente à empresa de segurança privada Charon. Sou vigilante da Charon desde 2005, e sempre cumpri as minhas obrigações profissionais. Prestava serviço no seguinte horário: 18h/08h, ou seja, cerca de 14 horas diárias de serviço. Estive meses seguidos neste horário, chegando mesmo a fazer 24 horas sem folgar; e ainda era roubado no ordenado pela empresa.
Vivo em Olivais Sul (Lisboa), e o meu posto de serviço era no Monte da Caparica, onde passava cerca de 18 horas fora de casa. Devido a muitas horas de serviço, tinha poucas horas de sono. Com o cansaço até adormecia no carro, quando parava nos sinais de trânsito.
Tenho uma filha de 11 anos, que sofre de escoliose, tendo feita 6 operações às costas. A minha empresa impedia-me de ir com a minha filha às consultas, ameaçando que não podia faltar ao trabalho, onde nem sequer tinha folgas. A situação complicou-se quando meti baixa por motivo de depressão. Tomava antidepressivos, mas por eu não ter dinheiro para comprar medicamentos, refugiei-me no álcool. A Segurança Social cortou-me o subsídio de baixa. Resultado: estive 3 a 4 meses sem receber um tostão!
Devido à situação (trabalho e segurança social), por questões de justiça, apresentei queixas da empresa Charon às seguintes instituições:
- Provedor de Justiça: uma fachada;
- A.C.T. (Autoridade de Condições de Trabalho): até hoje em águas de bacalhau;
- Inspecção de Finanças: sem resultado;
- Apoio à Vítima (APAV): aconselha-me o DIAP; mas as queixas foram encaminhadas para o A.C.T.
- Polícia Judiciária (PJ): estive lá 2 vezes e disseram que não podiam fazer nada.
- Jornal Expresso: entrevistaram-me mais os meus colegas, em 2010, mas os casos mais graves abafaram completamente.
- Segurança Social: apresentei queixa da minha empresa e esta instituição deu o meu nome à minha empresa. Resultado: comecei a receber ameaças e intimidações da parte da Charon!
Fiz três queixas ao Provedor da Justiça, mas sem resposta. Pedi o livro de reclamações à Segurança Social do Arieiro (Lisboa), mas negaram-me duas vezes a ceder o livro de reclamações, pois não queriam ficar com a "batata quente" nas mãos. Por esse motivo, meti uma acção judicial contra a segurança social, e pedi apoio jurídico a um advogado especialista nestes assuntos.
Quando estive de baixa, tinha sido encaminhado para um psicólogo que disse que o meu estado mental estava preso por um fio. Estive lá 3 ou 4 vezes e sentia-me melhor até a segurança social cortar-me o subsídio de baixa. Resultado: cortaram-me o subsídio de baixa, e assim comecei a beber álcool e deixar de ir ao psicólogo!
Mandaram-me à Inspecção Médica da Segurança Social na Avenida dos E.U.A., e ia todos os meses, nunca faltando à inspecção. Mas comecei a sentir suores por todo o corpo e picadas na cabeça. Perante a minha situação doentia, os médicos davam o seguinte conselho: “O senhor tem que ir trabalhar, não lhe podemos pagar o subsídio. Se anda todo trocado, vá para a reforma de invalidez”. A minha médica de família passou-me um relatório da minha saúde para ser entregue na inspecção médica. Resposta na inspecção médica: “Este relatório não serve, só tem 2 linhas, e tem 10 dias para trazer outro”. A minha médica não deu outro relatório, dizendo que não tem culpa dos colegas não perceberem o que ela escreveu. Neste caso, encaminhou-me ao psiquiatra, que deixei de lá ir por falta de subsídio. Na última inspecção médica, a presidente da Comissão Médica disse que eu não receberia mais o subsídio, e aconselhou-me reformar por invalidez. Alegando que eu precisava de tratamento psiquiátrico.
Mas até receber a reforma de invalidez, não podia deixar de receber o subsídio de baixa. Mas foi isso que fizeram comigo. A minha médica disse-me que os colegas não podiam cortar o subsídio e que por ela, já estava reformado por não ter condições para trabalhar.
Esta inspecção médica é famosa pelas queixas de acções da parte dos utentes contra estes médicos. As situações nesse sítio são caricatas:
- Gritos e vasos pelos ares;
- Utentes arrancam os cabelos aos médicos;
- Computadores partidos.
É raro o dia que a polícia não vai lá. Recebi uma mensagem do Ministro da Solidariedade e da Segurança Social, Pedro Mota Soares, que prometeu analisar o meu caso.
Autor: Paulo Sérgio Pereira de Sousa, vigilante na Charon.
Vivo em Olivais Sul (Lisboa), e o meu posto de serviço era no Monte da Caparica, onde passava cerca de 18 horas fora de casa. Devido a muitas horas de serviço, tinha poucas horas de sono. Com o cansaço até adormecia no carro, quando parava nos sinais de trânsito.
Tenho uma filha de 11 anos, que sofre de escoliose, tendo feita 6 operações às costas. A minha empresa impedia-me de ir com a minha filha às consultas, ameaçando que não podia faltar ao trabalho, onde nem sequer tinha folgas. A situação complicou-se quando meti baixa por motivo de depressão. Tomava antidepressivos, mas por eu não ter dinheiro para comprar medicamentos, refugiei-me no álcool. A Segurança Social cortou-me o subsídio de baixa. Resultado: estive 3 a 4 meses sem receber um tostão!
Devido à situação (trabalho e segurança social), por questões de justiça, apresentei queixas da empresa Charon às seguintes instituições:
- Provedor de Justiça: uma fachada;
- A.C.T. (Autoridade de Condições de Trabalho): até hoje em águas de bacalhau;
- Inspecção de Finanças: sem resultado;
- Apoio à Vítima (APAV): aconselha-me o DIAP; mas as queixas foram encaminhadas para o A.C.T.
- Polícia Judiciária (PJ): estive lá 2 vezes e disseram que não podiam fazer nada.
- Jornal Expresso: entrevistaram-me mais os meus colegas, em 2010, mas os casos mais graves abafaram completamente.
- Segurança Social: apresentei queixa da minha empresa e esta instituição deu o meu nome à minha empresa. Resultado: comecei a receber ameaças e intimidações da parte da Charon!
Fiz três queixas ao Provedor da Justiça, mas sem resposta. Pedi o livro de reclamações à Segurança Social do Arieiro (Lisboa), mas negaram-me duas vezes a ceder o livro de reclamações, pois não queriam ficar com a "batata quente" nas mãos. Por esse motivo, meti uma acção judicial contra a segurança social, e pedi apoio jurídico a um advogado especialista nestes assuntos.
Quando estive de baixa, tinha sido encaminhado para um psicólogo que disse que o meu estado mental estava preso por um fio. Estive lá 3 ou 4 vezes e sentia-me melhor até a segurança social cortar-me o subsídio de baixa. Resultado: cortaram-me o subsídio de baixa, e assim comecei a beber álcool e deixar de ir ao psicólogo!
Mandaram-me à Inspecção Médica da Segurança Social na Avenida dos E.U.A., e ia todos os meses, nunca faltando à inspecção. Mas comecei a sentir suores por todo o corpo e picadas na cabeça. Perante a minha situação doentia, os médicos davam o seguinte conselho: “O senhor tem que ir trabalhar, não lhe podemos pagar o subsídio. Se anda todo trocado, vá para a reforma de invalidez”. A minha médica de família passou-me um relatório da minha saúde para ser entregue na inspecção médica. Resposta na inspecção médica: “Este relatório não serve, só tem 2 linhas, e tem 10 dias para trazer outro”. A minha médica não deu outro relatório, dizendo que não tem culpa dos colegas não perceberem o que ela escreveu. Neste caso, encaminhou-me ao psiquiatra, que deixei de lá ir por falta de subsídio. Na última inspecção médica, a presidente da Comissão Médica disse que eu não receberia mais o subsídio, e aconselhou-me reformar por invalidez. Alegando que eu precisava de tratamento psiquiátrico.
Mas até receber a reforma de invalidez, não podia deixar de receber o subsídio de baixa. Mas foi isso que fizeram comigo. A minha médica disse-me que os colegas não podiam cortar o subsídio e que por ela, já estava reformado por não ter condições para trabalhar.
Esta inspecção médica é famosa pelas queixas de acções da parte dos utentes contra estes médicos. As situações nesse sítio são caricatas:
- Gritos e vasos pelos ares;
- Utentes arrancam os cabelos aos médicos;
- Computadores partidos.
É raro o dia que a polícia não vai lá. Recebi uma mensagem do Ministro da Solidariedade e da Segurança Social, Pedro Mota Soares, que prometeu analisar o meu caso.
Autor: Paulo Sérgio Pereira de Sousa, vigilante na Charon.
Última edição: