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As Alterações Climáticas e os Fogos Florestais
As alterações climáticas são fenómenos naturais que ocorrem desde a formação da Terra. No entanto, no último século estas têm sido mais pronunciadas e preocupantes, levando a comunidade científica mundial a dar prioridade ao estudo deste fenómeno.
As causas para o aumento da temperatura relacionam-se com os chamados gases com efeito de estufa (GEE). Os GEE, como o dióxido de carbono, o metano ou o óxido nitroso, retêm a radiação infravermelha emitida pela superfície da terra, impedindo que parte desta seja libertada para o espaço. Se este processo permite a vida na Terra, impedindo que esta se torne demasiado fria, o aumento da libertação de GEE, resultante das actividades humanas (principalmente actividades industriais e transportes), origina o aumento da temperatura da troposfera.
Em 1990, num relatório do Painel Intergovernamental das Alterações Climáticas (PIAC - organismo internacional que se dedica ao estudo das AC), é comprovada cientificamente a existência de AC. Este facto impulsiona decisores e políticos para a assinatura, em Junho de 1992, no Rio de Janeiro, da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas. A Convenção comprometia os 154 países signatários a estabilizar as concentrações dos GEE na atmosfera a um nível que evitasse interferências perigosas das actividades humanas no sistema climático do Planeta.
O segundo relatório do Painel, em 1995, vai ainda mais longe, ao estabelecer as AC como resultado das intervenções humanas sobre o meio natural, com repercussões à escala regional e global. Neste relatório previam-se alterações climáticas entre 1º e 3.5ºC até 2100 e uma subida do nível médio das águas do mar entre 15 e 95 cm.
Em 1997, ainda no âmbito da Convenção, assina-se o Protocolo de Quioto. Trinta e nove países industrializados, dos 160 participantes, comprometeram-se a limitar durante o período de 2008-2012 as suas emissões de GEE.
As reduções acordadas incidiam sobre:
- dióxido de carbono (CO2)
- metano (CH4)
- óxido nitroso (N2O)
- hidrofluorcarbonetos (HFCs)
- hidrocarbonetos perfluorados (PFCs)
- hexafluoreto de enxofre(SF6)
Os níveis de referência adoptados foram os de 1990 e as reduções representavam, em média, 5%; a União Europeia, negociando em bloco, comprometia-se a uma redução de 8%.
No Protocolo de Quioto, uma forma inteiramente inovadora é preconizada para promover uma redução significativa dos GEE – as transacções comerciais entre países - sob três formas: comércio de emissões, implementação conjunta e mecanismos de desenvolvimento limpo, este último só para depois de 2008. O princípio é apostar numa redução que seja economicamente vantajosa, pois desta forma será mais efectiva e realista.
A implementação do Protocolo ficou condicionada à ratificação por 55 países que detivessem em conjunto 55% da cota de emissões globais. Na prática, os EUA, que nesta matéria defendiam posições muito diferentes das da UE, ficaram com o poder de veto. Com a actual posição de não ratificação do Protocolo, por parte da Administração Bush, aguarda-se a decisão do Japão e da Austrália, que permitirá a implementação do Protocolo.
Naturlink
As alterações climáticas são fenómenos naturais que ocorrem desde a formação da Terra. No entanto, no último século estas têm sido mais pronunciadas e preocupantes, levando a comunidade científica mundial a dar prioridade ao estudo deste fenómeno.

Adaptado de gasa3.dcea.fct.unl.pt/gee/25feb/enquadramento.html
As causas para o aumento da temperatura relacionam-se com os chamados gases com efeito de estufa (GEE). Os GEE, como o dióxido de carbono, o metano ou o óxido nitroso, retêm a radiação infravermelha emitida pela superfície da terra, impedindo que parte desta seja libertada para o espaço. Se este processo permite a vida na Terra, impedindo que esta se torne demasiado fria, o aumento da libertação de GEE, resultante das actividades humanas (principalmente actividades industriais e transportes), origina o aumento da temperatura da troposfera.
Em 1990, num relatório do Painel Intergovernamental das Alterações Climáticas (PIAC - organismo internacional que se dedica ao estudo das AC), é comprovada cientificamente a existência de AC. Este facto impulsiona decisores e políticos para a assinatura, em Junho de 1992, no Rio de Janeiro, da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas. A Convenção comprometia os 154 países signatários a estabilizar as concentrações dos GEE na atmosfera a um nível que evitasse interferências perigosas das actividades humanas no sistema climático do Planeta.
O segundo relatório do Painel, em 1995, vai ainda mais longe, ao estabelecer as AC como resultado das intervenções humanas sobre o meio natural, com repercussões à escala regional e global. Neste relatório previam-se alterações climáticas entre 1º e 3.5ºC até 2100 e uma subida do nível médio das águas do mar entre 15 e 95 cm.
Em 1997, ainda no âmbito da Convenção, assina-se o Protocolo de Quioto. Trinta e nove países industrializados, dos 160 participantes, comprometeram-se a limitar durante o período de 2008-2012 as suas emissões de GEE.

As reduções acordadas incidiam sobre:
- dióxido de carbono (CO2)
- metano (CH4)
- óxido nitroso (N2O)
- hidrofluorcarbonetos (HFCs)
- hidrocarbonetos perfluorados (PFCs)
- hexafluoreto de enxofre(SF6)
Os níveis de referência adoptados foram os de 1990 e as reduções representavam, em média, 5%; a União Europeia, negociando em bloco, comprometia-se a uma redução de 8%.
No Protocolo de Quioto, uma forma inteiramente inovadora é preconizada para promover uma redução significativa dos GEE – as transacções comerciais entre países - sob três formas: comércio de emissões, implementação conjunta e mecanismos de desenvolvimento limpo, este último só para depois de 2008. O princípio é apostar numa redução que seja economicamente vantajosa, pois desta forma será mais efectiva e realista.
A implementação do Protocolo ficou condicionada à ratificação por 55 países que detivessem em conjunto 55% da cota de emissões globais. Na prática, os EUA, que nesta matéria defendiam posições muito diferentes das da UE, ficaram com o poder de veto. Com a actual posição de não ratificação do Protocolo, por parte da Administração Bush, aguarda-se a decisão do Japão e da Austrália, que permitirá a implementação do Protocolo.

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