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Comer Bem

Krofetys

GF Bronze
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Boas Pessoal,

Durante anos fui ensinado por mão de minha avó na arte da culinária rápida onde os segredos somente correspondem a gestos e ingredientes simples para se obterem boas refeições mesmo com as sobras do almoço e que ninguém está disposto a repetir.

Entre muitas coisas aqui ficam dois conselhos iniciais:

Se fez batatas cozidas ao almoço e sobraram bastantes poderá guardar as mesmas para as voltar a apresentar um dia depois sem desperdiçar nada. As batatas cozidas podem ser colocadas numa frigideira com algum molho dos bifes da véspera em que previamente acrescentou um pouco de vinho tinto e colocando as batatas sobre este molho as deixar ficar a alourar. Repita a acção quantas as vezes necessárias até que não haja batatas cozidas. Sirva de seguida.

Se não tem ou teve tempo suficiente para deixar os seus bifes e costeletas a temperar e/ou houve em sua casa visitas inesperadas não fqieu aflita. Basta colocar as mesmas normalmente na frigideira com todos os molhos que usa para as cozinhar e (secretamente) polvilhar as mesmas com uma leve pitada de açucar normal em ambas as faces para lhe retirar o sabor de carne acabada de sair do frigorífico ou comprada no talho. Ficam a marinar um pouco e sirva sem mais delongas. Se pedirem mais ... ai é outro problema.
 

Krofetys

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Corta Sal e Mete Açucar

Uma boa dica obrigado.

Gostou? Eu conto-lhe outro segredo da minha família que diariamente há quem os observe e fica a pensar como é possível chegar a este ponto.

A minha mãe tem já 83 anos. Cozinha desde muito nova e aprendeu a arte com a sua mãe (minha avó e madrinha de baptismo falecida com 99 anos).

Há umas pessoas de família e muitos amigos que aparecem aqui muito em casa de forma a conviver. Regra geral eu sou o cozinheiro que mais se chega para junto das brasas em termos de churrascos. A especialidade é chouriça assada que nenhum amigo até agora conseguir obter no ponto certo por mais que eu explique na prática. Mas eles é que não preceberam que eu asso com aguardente caseira de 32 graus alcoólicos bem metidos e que é de produção da minha família lá nas terras do Douro e só de uso familiar.

Neste meio, de comes e bebes, a minha mãe faz um soberbo arroz que no final todos já de barriga cheia de arroz acompanhado de sardinha assada querem saber qual o ingrediente secreto. Há quem tenha dado o palpite para uso de Knorr, outros para Vaqueiro e até arrefogado já feito e de embalagem. Ninguém diz nada, mas o ingrediente têm sido o mistério de tanto arroz a ser comido e repetido a dose.

Desde há muito que nós compramos arroz corrente das marcas mais baratas, e infelizmente esta situação é antiga na família porque não é o arroz mais caro que oferece melhor cozinhado, nem o arroz mais barato que é o menos nutritivo já que na China a classe que atribuimos ao arroz lá não existe dessa forma. Todas as donas de casa sabem que o arroz poderá ser bom ou pior de acordo com a sua classe e qualidade mas que também tudo dependerá, no final. do modo como foi realizada a cozedura.

Nós fazemos um arrefogado normal de cebola, azeite e alho. Acrescenta-se depois água e aquilo anda assim até obter um certo ponto. Aparece então a hora de deitar o arroz. Pouco depois acrescenta-se sal. Aqui entra a magia e o truque de um arroz mais solto e delicisoso.

Sabem que na altura de deitar no arroz o sal, em vez da dose normal e muito comum, poderão colocar menos uma pitada de sal e substituir a mesma quantidade por uma dose de "açucar" corrente mesmo que o arroz seja de ervilhas e outras verduras?

Pelo menos aqui e lá no Douro todos querem arroz cozinhado por nós e só um ou dois sabem o segredo, porque eu tive que ensinar os meus filhos a cozinhar e desenrascar-se sozinhos quando se trata de comer.
 
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