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Diretor de prisão açoriana processado por mandar fechar preso em cela
Recluso da cadeia de Angra do Heroísmo esteve retido 3 dias em cela, de roupa interior e com dois cobertores.
O diretor da prisão de Angra do Heroísmo, nos Açores, Armando Coutinho Pereira, foi alvo de queixa-crime junto da Procuradoria-Geral da República, e de uma participação ao Ministério da Justiça (ambas feitas pela Associação Portuguesa de Apoio ao Recluso), por ter ordenado a retenção, durante pelo menos três dias, de um preso numa cela. O detido esteve em roupa interior, protegido apenas por dois cobertores, e permanece ainda internado devido às sequelas físicas e psicológicas que sofreu devido ao período de castigo.
A notícia foi hoje avançada pela CNN Portugal, e confirmada pelo CM junto do Sindicato Nacional da Guarda Prisional (SNGP). Na origem da situação esteve, ao que apurámos, um incêndio que o recluso em causa terá ateado na própria cela. Além de ferimentos no próprio, as chamas obrigaram outras seis pessoas (entre presos e guardas), a deslocar-se ao hospital. Quando o autor confesso do incêndio voltou do hospital, foi sujeito a um castigo da direção da prisão. Responsável do estabelecimento prisional há cerca de um ano, Armando Coutinho Pereira determinou que o mesmo ficasse fechado na cela, em roupa interior, e apenas com dois cobertores como proteção do frio.
Frederico Morais, presidente do SNGP, disse ter apurado que, durante os três dias de detenção, "foram os guardas de serviço a dar mais cobertores como proteção ao recluso". No fim do castigo, o preso teve de ser internado no Hospital de Ponta Delgada, em estado considerado grave.
À CNN, os Serviços Prisionais (que ainda não responderam à questão do CM sobre este assunto) disse que o recluso em causa será transferido para a unidade psiquiátrica da prisão de Santa Cruz do Bispo, no distrito do Porto, sem comentar a medida tomada pelo diretor da prisão açoriana. "Achamos o tratamento dado ao recluso desumano, e se for necessário, os nossos representantes na prisão irão testemunhar nas denúncias à procuradoria e ao Ministério da Justiça feitas pela Associação Portuguesa de Apoio ao Recluso", concluiu Frederico Morais.
A Associação Portuguesa de Apoio ao Recluso, autora da queixa judicial e hierárquica contra Armando Coutinho Pereira, acrescentou em comunicado que o preso "mantém-se ainda internado, após ter sido encontrado em hipotermia".
Correio da Manhã

Recluso da cadeia de Angra do Heroísmo esteve retido 3 dias em cela, de roupa interior e com dois cobertores.
O diretor da prisão de Angra do Heroísmo, nos Açores, Armando Coutinho Pereira, foi alvo de queixa-crime junto da Procuradoria-Geral da República, e de uma participação ao Ministério da Justiça (ambas feitas pela Associação Portuguesa de Apoio ao Recluso), por ter ordenado a retenção, durante pelo menos três dias, de um preso numa cela. O detido esteve em roupa interior, protegido apenas por dois cobertores, e permanece ainda internado devido às sequelas físicas e psicológicas que sofreu devido ao período de castigo.
A notícia foi hoje avançada pela CNN Portugal, e confirmada pelo CM junto do Sindicato Nacional da Guarda Prisional (SNGP). Na origem da situação esteve, ao que apurámos, um incêndio que o recluso em causa terá ateado na própria cela. Além de ferimentos no próprio, as chamas obrigaram outras seis pessoas (entre presos e guardas), a deslocar-se ao hospital. Quando o autor confesso do incêndio voltou do hospital, foi sujeito a um castigo da direção da prisão. Responsável do estabelecimento prisional há cerca de um ano, Armando Coutinho Pereira determinou que o mesmo ficasse fechado na cela, em roupa interior, e apenas com dois cobertores como proteção do frio.
Frederico Morais, presidente do SNGP, disse ter apurado que, durante os três dias de detenção, "foram os guardas de serviço a dar mais cobertores como proteção ao recluso". No fim do castigo, o preso teve de ser internado no Hospital de Ponta Delgada, em estado considerado grave.
À CNN, os Serviços Prisionais (que ainda não responderam à questão do CM sobre este assunto) disse que o recluso em causa será transferido para a unidade psiquiátrica da prisão de Santa Cruz do Bispo, no distrito do Porto, sem comentar a medida tomada pelo diretor da prisão açoriana. "Achamos o tratamento dado ao recluso desumano, e se for necessário, os nossos representantes na prisão irão testemunhar nas denúncias à procuradoria e ao Ministério da Justiça feitas pela Associação Portuguesa de Apoio ao Recluso", concluiu Frederico Morais.
A Associação Portuguesa de Apoio ao Recluso, autora da queixa judicial e hierárquica contra Armando Coutinho Pereira, acrescentou em comunicado que o preso "mantém-se ainda internado, após ter sido encontrado em hipotermia".
Correio da Manhã