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EDP assegura que não há riscos de cheias apesar das descargas das barragens do Douro

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Nove das dez barragens ao longo do rio Douro e afluentes continuam a fazer descargas devido aos elevados caudais, mas “não há risco de cheias”, disse o director de produção hídrica da EDP, José Franco.

“A situação é de caudais elevados, mas nada que prefigure situações de cheia”, afirmou José Franco, adiantando que “das dez barragens no rio Douro e seus afluentes apenas no Pocinho não está a haver descargas”. O director de produção hídrica da EDP acrescentou que “são descarregamentos ligeiros sem causar qualquer tipo de preocupação” para as margens do Douro.

“Não estamos a falar de caudais de cheia”, acrescentou José Franco, revelando que desde meados de Dezembro, devido às condições meteorológicas, as barragens do Douro têm estado quase sempre a fazer descargas. Neste contexto, o responsável rejeita “as acusações injustas”, feitas à empresa, que apontam para “uma gestão economicista” dos caudais. “No Douro, fomos injustamente acusados de fazer uma gestão economicista dos caudais, mas a nossa intervenção é muito limitada porque não temos capacidade de armazenamento”, afirmou.

“No caso das barragens com albufeira podemos fazer uma melhor gestão dos caudais, antecipando as descargas se soubermos que a pluviosidade vai aumentar, conseguindo assim evitar cheias”, contrapôs. José Franco admitiu que esta situação “traz prejuízos económicos”, mas realçou que “em primeiro lugar está a protecção de pessoas e bens”.

E refutou ainda a teoria de que as cheias do lado português é culpa dos espanhóis. “Ouve-se muitas vezes que a culpa é dos espanhóis, mas eles têm uma grande capacidade de armazenamento”, afirmou, acrescentando que “as cheias que ocorrem são criadas na bacia portuguesa”.

O responsável realçou ainda que a construção das barragens do Baixo Sabor e do Tua vai permitir “controlar a maior parte das cheias”, uma vez que “passa a existir capacidade de armazenamento”. “Se juntarmos o Sabor e o Tua estamos a falar de quase 4.000 metros cúbicos por segundo, o que é um caudal considerável que vamos passar a poder controlar. Sob o ponto de vista de gestão e controlo de cheias, o Tua e o Sabor são fundamentais”, acrescentou o responsável da EDP.
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