Nelson14
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Espermatozoides de cerca de 100 milhões de anos foram encontrados em perfeito estado em Mianmar, na Ásia.
Os vestígios arqueológicos estavam protegidos há tanto tempo graças a uma resina de âmbar que os conservou ao longo dos anos.
Eles estavam dentro de uma ostracoda, classe de pequenos crustáceos formada por duas conchas.
A descoberta foi apresentada ao mundo em uma artigo científico publicado na revista “Proceedings of the Royal Society B.”

A ilustração do coito entre duas ostracodas feita por Dinghua Yang.
Cientistas que descobriram o fóssil acreditam que eles seja originário do período Cretáceo.
As células reprodutivas da espécie Myanmarcypris hui chamaram a atenção pelo tamanho,
considerado muito maior do que o de outras espécies. É provável que a ostracoda encontrada,
uma fêmea, tenha acasalado logo antes de ficar presa na resina de uma árvore, o que fez o material ficar tão preservado.

Para se ter uma ideia do tamanho dos espermatozoides encontrados na ostracoda,
eles eram quase cinco vezes maiores que os corpos dos machos da espécie.
Segundo a pesquisadora Renate Matzke-Karasz informou à “AFP”,
isso seria como uma célula reprodutora de 7,3 metros para um corpo humano de 1,70m.
“A complexidade do sistema reprodutivo encontrada nessas amostras levanta a pergunta se o investimento
em espermatozoides gigantes é uma estratégia evolutiva consistente”, explica a cientista.
“Esses resultados também dobram a idade do mais antigo e inequívoco esperma de animal fóssil.
Esta descoberta destaca a capacidade do âmbar de documentar partes moles de invertebrados
que raramente são registradas por outros ambientes deposicionais”
Foto 1: Dinghua Yang / Foto 2: Wikimedia Commons // Destaques: Dinghua Yang