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Freira “bonita demais” afastada de gestão de mosteiro em Itália após denúncia anónima
Aline Ghammachi foi removida do cargo no dia da morte do Papa Francisco e recorreu da decisão ao Supremo Tribunal católico.
Uma freira brasileira, Aline Pereira Ghammachi, perdeu o cargo de madre-abadessa do Mosteiro San Giacomo di Veglia, em Itália, após uma denúncia anónima de maus-tratos e desvio de recursos. Ghammachi recusa as acusações e diz que ouviu o chefe do mosteiro dizer que era bonita demais para ser religiosa.
A irmã Aline garantiu, na segunda-feira, ao jornal brasileiro G1, que está a sofrer uma perseguição e revelou as palavras proferidas pelo abade-chefe da ordem que gere o mosteiro.
“O frei Mauro Lepori disse que se eu fosse ao Vaticano, ninguém iria acreditar em mim, porque eu sou mulher, brasileira, sou bonita e ninguém acredita nesse tipo de pessoa. Isso feriu-me muito”, contou a religiosa.
A freira foi retirada do cargo no dia 21 de abril, data da morte do Papa Francisco, devido a uma carta anónima com várias denúncias enviada em 2023 ao antigo pontífice.
“O que mais pesava na carta era a questão dos maus-tratos, do abuso de poder e de desvio de recursos”, explicou Ghammachi, alegando que a questão financeira foi “fácil de resolver”. A freira apresentou as contas dos últimos cinco anos em que esteve à frente do mosteiro, demonstrando que “toda a administração foi corretamente realizada”.
A irmã informou que continua em Itália e recorreu da decisão junto do Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica, a mais alta autoridade judicial da Igreja Católica. “Só procuro a justiça”, disse Ghammachi.
Desde a saída da madre-abadessa, cinco outras freiras já denunciaram à polícia italiana diversos casos de violência psicológica por parte da nova gestora do mosteiro. Além das denúncias, 11 irmãs já saíram do mosteiro desde abril.
Aline Ghammachi tinha apenas 15 anos quando sentiu o chamamento para a vida religiosa. No entanto, a família aconselhou-a a estudar e a esperar alguns anos para perceber se essa seria mesmo a vocação a seguir.
Em 2005, após concluir o curso superior de administração de empresas, decidiu tornar-se freira e mudou-se para o convento italiano onde viria a ser a madre-abadessa mais jovem de Itália, aos 34 anos, no ano de 2018.
Sob a supervisão de Ghammachi, o mosteiro passou a oferecer auxílio a mulheres vítimas de violência e também pessoas com autismo.
Correio da Manhã

Aline Ghammachi foi removida do cargo no dia da morte do Papa Francisco e recorreu da decisão ao Supremo Tribunal católico.
Uma freira brasileira, Aline Pereira Ghammachi, perdeu o cargo de madre-abadessa do Mosteiro San Giacomo di Veglia, em Itália, após uma denúncia anónima de maus-tratos e desvio de recursos. Ghammachi recusa as acusações e diz que ouviu o chefe do mosteiro dizer que era bonita demais para ser religiosa.
A irmã Aline garantiu, na segunda-feira, ao jornal brasileiro G1, que está a sofrer uma perseguição e revelou as palavras proferidas pelo abade-chefe da ordem que gere o mosteiro.
“O frei Mauro Lepori disse que se eu fosse ao Vaticano, ninguém iria acreditar em mim, porque eu sou mulher, brasileira, sou bonita e ninguém acredita nesse tipo de pessoa. Isso feriu-me muito”, contou a religiosa.
A freira foi retirada do cargo no dia 21 de abril, data da morte do Papa Francisco, devido a uma carta anónima com várias denúncias enviada em 2023 ao antigo pontífice.
“O que mais pesava na carta era a questão dos maus-tratos, do abuso de poder e de desvio de recursos”, explicou Ghammachi, alegando que a questão financeira foi “fácil de resolver”. A freira apresentou as contas dos últimos cinco anos em que esteve à frente do mosteiro, demonstrando que “toda a administração foi corretamente realizada”.
A irmã informou que continua em Itália e recorreu da decisão junto do Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica, a mais alta autoridade judicial da Igreja Católica. “Só procuro a justiça”, disse Ghammachi.
Desde a saída da madre-abadessa, cinco outras freiras já denunciaram à polícia italiana diversos casos de violência psicológica por parte da nova gestora do mosteiro. Além das denúncias, 11 irmãs já saíram do mosteiro desde abril.
Aline Ghammachi tinha apenas 15 anos quando sentiu o chamamento para a vida religiosa. No entanto, a família aconselhou-a a estudar e a esperar alguns anos para perceber se essa seria mesmo a vocação a seguir.
Em 2005, após concluir o curso superior de administração de empresas, decidiu tornar-se freira e mudou-se para o convento italiano onde viria a ser a madre-abadessa mais jovem de Itália, aos 34 anos, no ano de 2018.
Sob a supervisão de Ghammachi, o mosteiro passou a oferecer auxílio a mulheres vítimas de violência e também pessoas com autismo.
Correio da Manhã