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TH da Maré, morto em operação, tinha 227 anotações criminais
Considerado chefe do tráfico da região, ele foi localizado em uma residência cercada por seguranças. Na ação, dois comparsas foram mortos
Rio - Uma das lideranças da facção Terceiro Comando Puro (TCP), o traficante Thiago da Silva Folly, o TH, morto em uma operação da Polícia Militar no Complexo da Maré, na Zona Norte, possuía 227 anotações criminais e 17 mandados de prisão em aberto. A informação foi confirmada pelo coronel Menezes em coletiva de imprensa, na Cidade da Polícia, na tarde desta terça-feira (13).
Considerado chefe do tráfico da região, ele foi localizado em uma residência cercada por seguranças após trabalho de inteligência na corporação. No local, houve intenso confronto e mais dois criminosos foram mortos. Devido ao tiroteio, as linhas Amarela e Vermelha e a Avenida Brasil foram interditadas por volta das 3h. Até às 7h, as vias chegaram a fechar por diversas vezes, sendo totalmente liberadas a partir das 8h.
Segundo o comandante do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), a residência funcionava como uma espécie de bunker. "Não existia nenhum tipo de fundo falso ou fortificação da casa, mas a fortificação era mesmo da segurança que estava sendo provida para aquele narcoterrorista", explicou.
Além de traficante, TH também se destaca como um dos maiores roubadores de carga e de veículo. "Ele afeta o tráfego diariamente da Avenida Brasil com cargas que saem do Porto em direção a Zona Oeste. A quadrilha costuma quase que diariamente fechar a via, como tivemos o episódio com o goleiro do Flamengo. Eles agem para roubar cargas, o que se desdobra, muita das vezes, para latrocínio", reforçou o comandante.
O criminoso estava na mira da PM há mais de 10 anos, mas a operação começou a ser planejada a partir da morte dos dois policiais do Bope, o sargento Rafael Wolfgramm Dias e o agente Jorge Galdino Cruz, que ocorreu em julho do ano passado.
De acordo com o secretário de Segurança Pública, Victor Santos, a medida também foi uma represália à morte dos agentes. "Desde as mortes desses policiais, o governador colocou isso como prioridade, para que viesse uma resposta à altura e veio. Nenhum PM vai morrer em vão no Rio. O TH optou por atacar os policiais e acabou neutralizado", explicou.
Nas redes sociais, o governador Cláudio Castro comemorou a ação. "Mais um criminoso tirado de circulação! Graças a um forte trabalho de inteligência, a Polícia Militar localizou a liderança de uma das facções que atuam na Maré. O vagabundo resistiu à prisão atirando contra os policiais e acabou neutralizado", disse.
Castro ainda reforçou a importância do trabalho de inteligência da corporação. "Esse tipo de criminoso é extremamente perigoso, anda fortemente armado e não tem pudor em usar a população como escudo. Estamos em um momento de virada de jogo, de valorização das polícias, de investimento em inteligência, investigação e infraestrutura para os nossos agentes", finalizou.
Foragido desde 2016
Thiago da Silva Folly era procurado pela Justiça desde 2016, com extensa ficha criminal e envolvimento em diversos crimes relacionados ao tráfico de drogas e homicídios. No entanto, já atuava no crime antes disso. Ligado à facção Terceiro Comando Puro, ele chefia o tráfico de drogas em diversas localidades da Maré. O complexo, de 16 favelas, tem localização estratégica e se tornou um campo de intensas disputas para o crime organizado.
Em 2014, TH foi indiciado junto com outros traficantes do Complexo da Maré por terem envolvimento na morte do cabo do Exército Michel Augusto Mikami. O militar, de 21 anos, servia em Campinas e estava no Rio fazendo parte da Força de Pacificação, quando foi assassinado no dia 28 de novembro com um tiro na cabeça.
Em 2016, uma viatura da Força Nacional de Segurança foi recebida a tiros de fuzil, na tarde do dia 10 de agosto, por traficantes da comunidade Boca do Papai, na Vila do João, também na Maré. A equipe tentava entrar na Linha Amarela em direção ao Parque Olímpico, mas entrou na comunidade por engano. Dois agentes ficaram feridos.
Também em 2016, um casal que não morava no Rio errou o caminho na Avenida Brasil e entrou, por engano, na Vila do João, tendo o carro atacado por criminosos. O veículo foi atingido por cinco tiros, e a passageira Maria Lucila Barbosa de Araújo, de 49 anos, acabou baleada na coxa direita.
Em junho do mesmo ano, o engenheiro Gil Augusto Barbosa, de 53 anos, também foi atingido na cabeça ao errar o caminho e entrar na comunidade. Ele estava indo buscar a mulher no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), quando recebeu uma ligação dela, avisando que já estava em um táxi de volta para casa. Gil procurou um retorno e entrou também por engano na favela. Ele morreu devido aos ferimentos. Mais uma vez traficantes foram indiciados pelos crimes.
TH também está envolvido na tentativa de mortes de policiais civis, no dia 26 de Setembro de 2017, durante operação policial na comunidade Vila dos Pinheiros.
O Dia

Considerado chefe do tráfico da região, ele foi localizado em uma residência cercada por seguranças. Na ação, dois comparsas foram mortos
Rio - Uma das lideranças da facção Terceiro Comando Puro (TCP), o traficante Thiago da Silva Folly, o TH, morto em uma operação da Polícia Militar no Complexo da Maré, na Zona Norte, possuía 227 anotações criminais e 17 mandados de prisão em aberto. A informação foi confirmada pelo coronel Menezes em coletiva de imprensa, na Cidade da Polícia, na tarde desta terça-feira (13).
Considerado chefe do tráfico da região, ele foi localizado em uma residência cercada por seguranças após trabalho de inteligência na corporação. No local, houve intenso confronto e mais dois criminosos foram mortos. Devido ao tiroteio, as linhas Amarela e Vermelha e a Avenida Brasil foram interditadas por volta das 3h. Até às 7h, as vias chegaram a fechar por diversas vezes, sendo totalmente liberadas a partir das 8h.
Segundo o comandante do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), a residência funcionava como uma espécie de bunker. "Não existia nenhum tipo de fundo falso ou fortificação da casa, mas a fortificação era mesmo da segurança que estava sendo provida para aquele narcoterrorista", explicou.
Além de traficante, TH também se destaca como um dos maiores roubadores de carga e de veículo. "Ele afeta o tráfego diariamente da Avenida Brasil com cargas que saem do Porto em direção a Zona Oeste. A quadrilha costuma quase que diariamente fechar a via, como tivemos o episódio com o goleiro do Flamengo. Eles agem para roubar cargas, o que se desdobra, muita das vezes, para latrocínio", reforçou o comandante.
O criminoso estava na mira da PM há mais de 10 anos, mas a operação começou a ser planejada a partir da morte dos dois policiais do Bope, o sargento Rafael Wolfgramm Dias e o agente Jorge Galdino Cruz, que ocorreu em julho do ano passado.
De acordo com o secretário de Segurança Pública, Victor Santos, a medida também foi uma represália à morte dos agentes. "Desde as mortes desses policiais, o governador colocou isso como prioridade, para que viesse uma resposta à altura e veio. Nenhum PM vai morrer em vão no Rio. O TH optou por atacar os policiais e acabou neutralizado", explicou.
Nas redes sociais, o governador Cláudio Castro comemorou a ação. "Mais um criminoso tirado de circulação! Graças a um forte trabalho de inteligência, a Polícia Militar localizou a liderança de uma das facções que atuam na Maré. O vagabundo resistiu à prisão atirando contra os policiais e acabou neutralizado", disse.
Castro ainda reforçou a importância do trabalho de inteligência da corporação. "Esse tipo de criminoso é extremamente perigoso, anda fortemente armado e não tem pudor em usar a população como escudo. Estamos em um momento de virada de jogo, de valorização das polícias, de investimento em inteligência, investigação e infraestrutura para os nossos agentes", finalizou.
Foragido desde 2016
Thiago da Silva Folly era procurado pela Justiça desde 2016, com extensa ficha criminal e envolvimento em diversos crimes relacionados ao tráfico de drogas e homicídios. No entanto, já atuava no crime antes disso. Ligado à facção Terceiro Comando Puro, ele chefia o tráfico de drogas em diversas localidades da Maré. O complexo, de 16 favelas, tem localização estratégica e se tornou um campo de intensas disputas para o crime organizado.
Em 2014, TH foi indiciado junto com outros traficantes do Complexo da Maré por terem envolvimento na morte do cabo do Exército Michel Augusto Mikami. O militar, de 21 anos, servia em Campinas e estava no Rio fazendo parte da Força de Pacificação, quando foi assassinado no dia 28 de novembro com um tiro na cabeça.
Em 2016, uma viatura da Força Nacional de Segurança foi recebida a tiros de fuzil, na tarde do dia 10 de agosto, por traficantes da comunidade Boca do Papai, na Vila do João, também na Maré. A equipe tentava entrar na Linha Amarela em direção ao Parque Olímpico, mas entrou na comunidade por engano. Dois agentes ficaram feridos.
Também em 2016, um casal que não morava no Rio errou o caminho na Avenida Brasil e entrou, por engano, na Vila do João, tendo o carro atacado por criminosos. O veículo foi atingido por cinco tiros, e a passageira Maria Lucila Barbosa de Araújo, de 49 anos, acabou baleada na coxa direita.
Em junho do mesmo ano, o engenheiro Gil Augusto Barbosa, de 53 anos, também foi atingido na cabeça ao errar o caminho e entrar na comunidade. Ele estava indo buscar a mulher no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), quando recebeu uma ligação dela, avisando que já estava em um táxi de volta para casa. Gil procurou um retorno e entrou também por engano na favela. Ele morreu devido aos ferimentos. Mais uma vez traficantes foram indiciados pelos crimes.
TH também está envolvido na tentativa de mortes de policiais civis, no dia 26 de Setembro de 2017, durante operação policial na comunidade Vila dos Pinheiros.
O Dia