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Berlim alerta Rússia que prazo do ultimato para cessar-fogo no Ucrânia "está a esgotar-se"
Se Moscovo não concordar com um cessar-fogo, o governo alemão afirma que os europeus vão continuar "os preparativos" para novas sanções.
O Governo alemão alertou esta segunda-feira a Rússia que "o tempo está a esgotar-se", numa referência ao ultimato lançado pelos aliados europeus de Kiev para que Moscovo aceite um cessar-fogo completo e incondicional até ao final do dia.
Se Moscovo não concordar com um cessar-fogo "completo e incondicional" de 30 dias até ao final desta segunda-feira, os europeus vão continuar "os preparativos" para novas sanções contra a Rússia, disse Stefan Kornelius, porta-voz do novo ministro dos Negócios Estrangeiros, Friedrich Merz, numa conferência de imprensa realizada em Berlim.
Os principais aliados europeus da Ucrânia -- Alemanha, França, Reino Unido e Polónia, grupo que se autointitula "a coligação dos dispostos" -- exigiram a Moscovo que concorde com um cessar-fogo total e incondicional durante pelo menos 30 dias a partir de segunda-feira, sob pena de enfrentar novas sanções económicas.
Esta exigência surgiu na sequencia de uma reunião realizada no sábado em Kiev entre os chefes de Estado e de Governo da dos cinco países -- a coligação e a Ucrânia -, à qual se seguiu uma conversa telefónica com o Presidente dos Estados Unidos.
O ultimato foi seguido, algumas horas depois, de uma proposta da presidência russa (Kremlin), na qual Moscovo apela a uma reunião entre os representantes dos dois países em guerra na quinta-feira em Istambul, Turquia.
A proposta foi apresentada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, que defendeu negociações "diretas e sem condições prévias" entre a Rússia e a Ucrânia a 15 de maio, adiando até lá a hipótese de um cessar-fogo.
"A Rússia está pronta para negociações sem condições prévias. Propomos que comecem na próxima quinta-feira, 15 de maio, em Istambul", afirmou Putin em declarações à imprensa, acrescentando que as conversações deverão centrar-se nas "causas profundas do conflito" em curso há mais de três anos -- desde que a Rússia invadiu a vizinha Ucrânia, a 24 de fevereiro de 2022 -, mas sem excluir que possam permitir instaurar "um novo cessar-fogo".
Os aliados europeus da Ucrânia reagiram com desconfiança à proposta de Moscovo, referindo que quaisquer conversações devem ser precedidas por um cessar-fogo duradouro.
"O Presidente [ucraniano, Volodymyr] Zelensky continua empenhado e sem impor condições. Agora, esperamos uma resposta igualmente clara" da parte da Rússia, afirmou o chefe de Estado francês, Emmanuel Macron, que visitou Kiev, no sábado, com o chanceler alemão, Friedrich Merz, e os primeiros-ministros britânico, Keir Starmer, e polaco, Donald Tusk.
"Não pode haver negociações enquanto as armas estiverem em jogo", acrescentou.
Uma posição com a qual Donald Tusk concordou, sublinhando a necessidade de Moscovo apresentar "uma decisão clara sobre um cessar-fogo imediato e incondicional".
Por sua vez, o chanceler alemão lembrou, em Berlim, que "primeiro as armas devem ser silenciadas [e só] depois podem começar as negociações".
Embora tenha admitido à agência de notícias alemã DPA que a "vontade de dialogar" é, "em princípio, um bom sinal" da parte da presidência russa (Kremlin), considerou que "isso não é, de modo algum, suficiente".
Zelensky acabou por concordar com o encontro na Turquia, mas reiterou a necessidade de haver um cessar-fogo a partir desta segunda-feira.
A Turquia já acolheu uma primeira tentativa falhada de negociações entre Kiev e Moscovo, em 2022, tendo Putin proposto retomar o mesmo formato a 15 de maio.
Correio da Manhã

Se Moscovo não concordar com um cessar-fogo, o governo alemão afirma que os europeus vão continuar "os preparativos" para novas sanções.
O Governo alemão alertou esta segunda-feira a Rússia que "o tempo está a esgotar-se", numa referência ao ultimato lançado pelos aliados europeus de Kiev para que Moscovo aceite um cessar-fogo completo e incondicional até ao final do dia.
Se Moscovo não concordar com um cessar-fogo "completo e incondicional" de 30 dias até ao final desta segunda-feira, os europeus vão continuar "os preparativos" para novas sanções contra a Rússia, disse Stefan Kornelius, porta-voz do novo ministro dos Negócios Estrangeiros, Friedrich Merz, numa conferência de imprensa realizada em Berlim.
Os principais aliados europeus da Ucrânia -- Alemanha, França, Reino Unido e Polónia, grupo que se autointitula "a coligação dos dispostos" -- exigiram a Moscovo que concorde com um cessar-fogo total e incondicional durante pelo menos 30 dias a partir de segunda-feira, sob pena de enfrentar novas sanções económicas.
Esta exigência surgiu na sequencia de uma reunião realizada no sábado em Kiev entre os chefes de Estado e de Governo da dos cinco países -- a coligação e a Ucrânia -, à qual se seguiu uma conversa telefónica com o Presidente dos Estados Unidos.
O ultimato foi seguido, algumas horas depois, de uma proposta da presidência russa (Kremlin), na qual Moscovo apela a uma reunião entre os representantes dos dois países em guerra na quinta-feira em Istambul, Turquia.
A proposta foi apresentada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, que defendeu negociações "diretas e sem condições prévias" entre a Rússia e a Ucrânia a 15 de maio, adiando até lá a hipótese de um cessar-fogo.
"A Rússia está pronta para negociações sem condições prévias. Propomos que comecem na próxima quinta-feira, 15 de maio, em Istambul", afirmou Putin em declarações à imprensa, acrescentando que as conversações deverão centrar-se nas "causas profundas do conflito" em curso há mais de três anos -- desde que a Rússia invadiu a vizinha Ucrânia, a 24 de fevereiro de 2022 -, mas sem excluir que possam permitir instaurar "um novo cessar-fogo".
Os aliados europeus da Ucrânia reagiram com desconfiança à proposta de Moscovo, referindo que quaisquer conversações devem ser precedidas por um cessar-fogo duradouro.
"O Presidente [ucraniano, Volodymyr] Zelensky continua empenhado e sem impor condições. Agora, esperamos uma resposta igualmente clara" da parte da Rússia, afirmou o chefe de Estado francês, Emmanuel Macron, que visitou Kiev, no sábado, com o chanceler alemão, Friedrich Merz, e os primeiros-ministros britânico, Keir Starmer, e polaco, Donald Tusk.
"Não pode haver negociações enquanto as armas estiverem em jogo", acrescentou.
Uma posição com a qual Donald Tusk concordou, sublinhando a necessidade de Moscovo apresentar "uma decisão clara sobre um cessar-fogo imediato e incondicional".
Por sua vez, o chanceler alemão lembrou, em Berlim, que "primeiro as armas devem ser silenciadas [e só] depois podem começar as negociações".
Embora tenha admitido à agência de notícias alemã DPA que a "vontade de dialogar" é, "em princípio, um bom sinal" da parte da presidência russa (Kremlin), considerou que "isso não é, de modo algum, suficiente".
Zelensky acabou por concordar com o encontro na Turquia, mas reiterou a necessidade de haver um cessar-fogo a partir desta segunda-feira.
A Turquia já acolheu uma primeira tentativa falhada de negociações entre Kiev e Moscovo, em 2022, tendo Putin proposto retomar o mesmo formato a 15 de maio.
Correio da Manhã