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Thomas Alva Edison (1847-1931), empresário norte-americano, que patenteou e financiou o desenvolvimento de muitos dispositivos importantes de grande interesse industrial. O Feiticeiro de Menlo Park, como era conhecido, foi um dos primeiros a aplicar os princípios da produção maciça ao processo da invenção.
Na sua vida, Thomas Edison registou 2332 patentes. O fonógrafo foi uma de suas principais invenções. Outra foi o cinematógrafo, a primeira câmara cinematográfica bem-sucedida, com o equipamento para mostrar os filmes que fazia. Edison também aperfeiçoou o telefone. Fez o mesmo com a máquina de escrever. Trabalhou em projectos variados, como alimentos empacotados a vácuo, um aparelho de raios X e um sistema de construções mais baratas feitas de concreto.
Entre as suas contribuições mais universais para o desenvolvimento tecnológico e científico encontra-se a lâmpada eléctrica incandescente, o gramofone, o cinescópio ou cinetoscópio, o ditafone e o microfone de grânulos de carvão para o telefone.
A lâmpada eléctrica incandescente causou um enorme impacto nas nossas vidas. Antes de Edison, vários outros inventores tentaram criar uma lâmpada eléctrica, mas foi ele que, em 1879, conseguiu criar uma lâmpada incandescente comercializável com um filamento de haste de carvão. Edison é um dos precursores da revolução tecnológica do século XX. Teve também um papel determinante na indústria do cinema.
Steven Paul Jobs (1955-2011), inventor, empresário e magnata norte-americano no sector da informática. Notabilizou-se como co-fundador, presidente e director executivo da Apple Inc. e por revolucionar seis indústrias: computadores pessoais, filmes de animação, música, telefones, tablets e publicações digitais. Além de sua ligação com a Apple, foi director executivo da empresa de animação por computação gráfica Pixar e accionista individual máximo da The Walt Disney Company.
No final da década de 1970, Jobs, em parceria com Steve Wozniak e Mike Markkula, entre outros, desenvolveu e comercializou uma das primeiras linhas de computadores pessoais de sucesso, a série Apple II.
Apple II tornou-se o computador pessoal mais bem-sucedido da história, vendendo
quase 6 milhões de unidades em 16 anos.
No começo da década de 1980, Steve Jobs estava entre os primeiros a perceber o potencial comercial da interface gráfica do utilizador guiada pelo Rato (informática), o que levou à criação do Macintosh.
O Apple Macintosh foi o primeiro computador pessoal a popularizar a interface
gráfica, na época um desenvolvimento revolucionário. Era muito utilizado para
o tratamento de vídeo, imagem e som.
Após perder uma disputa de poder com a mesa directora em 1985, Jobs foi demitido da Apple e fundou a NeXT, uma companhia de desenvolvimento de plataformas direccionadas aos mercados de educação superior e administração. A compra da NeXT pela Apple em 1996 levou Jobs de volta à companhia que ajudara a fundar, sendo então seu CEO de 1997 a 2011, ano em que anunciou sua renúncia ao cargo, recomendando Tim Cook como sucessor. Steve Jobs morreu em 5 de Outubro de 2011, aos 56 anos de idade, devido a um cancro do pâncreas.
iPod, iTunes, iPhone
Uma das inovações de Steve Jobs foi ramificar a Apple para além do seu mercado restrito da informática, passando a actuar na área de electrónica, telecomunicações (iPhone), músicas digitais (AAC e MP3), com a introdução em 2001 do reprodutor de média portátil de música iPod, integrado com a loja de venda legal de música pela Internet através do iTunes, um software dedicado para reprodução de áudio, vídeo, CDs e de rádios online. O iPod conquistou o público pela sua leveza, modernidade e simplicidade.
Em 2007 a Apple passou a comercializar telefones moveis, chamados de iPhone, com tecnologia de toque (baptizada de multi-touch por aceitar toques simultâneos); em 2008 lançou a versão de tecnologia 3G do aparelho, iPhone 3G; em Julho de 2009 lançou o iPhone 3Gs (speed), com comando de voz e muito mais rápido que os modelos anteriores. Em Junho de 2010, a Apple lançou o iPhone 4. Uma das maiores novidades de então, foi a possibilidade do multitask (execução de vários programas simultaneamente), além da câmara com 5 MP com flash, entre outras mudanças.
Steve Jobs apresenta um iPhone 4 durante a Apple Worldwide Developers Conference em
2010.
No campo da engenharia havia alegria e sofrimento no mundo industrial. A criação da máquina a vapor permitiu criar uma fonte de trabalho que não dependia da energia humana, do vento, rios ou animais. Graças à máquina a vapor, a Revolução Industrial mudou o mundo. Mas essa maravilha tecnológica não seria possível sem a ideia genial de um brilhante engenheiro escocês chamado James Watt. Embora não tenha sido o inventor da máquina a vapor, soube aperfeiçoar um motor a vapor criado antes por Thomas Newcomen, que havia encontrado algum uso limitado na indústria do carvão, operando bombas que drenavam as minas. Watt soube aperfeiçoar o motor a vapor de Newcomen. Adicionou uma câmara separada de condensação, de forma que o vapor não tivesse de se condensar no pistão, o que fazia com se arrefecesse, desperdiçando energia. Essas melhorias permitiram que os motores a vapor consumissem 75% menos de combustível.
As máquinas são invenções antigas existindo desde a Antiguidade, quando os gregos criaram as engrenagens, no século IV A.C. Mas por toda a História, a Era da Máquina nunca começou porque elas dependiam ou da força humana directa, que puxava cordas e manivelas, ou da acção de rios, vento ou força animal. Nunca ocuparam um papel central na economia.
O motor de Watt, e todos os tipos de motores que surgiram depois, permitiram que as máquinas pudessem ser criadas e movidas, e as indústrias conseguissem se instalar em qualquer lugar. Milhões de pessoas migraram dos campos para as cidades, iniciando assim a Revolução Industrial.
O inventor da moderna máquina a vapor, que possibilitou a revolução industrial, James Watt (1736-1819), foi mundialmente reconhecido quando seu nome foi dado à unidade de potência de energia - o watt.
Em 1763, Watt foi chamado para arranjar uma máquina a vapor do tipo Newcomen, a mais avançada de então. Watt conseguiu descobrir que, para melhorar o seu funcionamento, era necessário elevar a temperatura do vapor, arrefecendo-o depois bruscamente durante a expansão. Acrescentou o condensador de vapor e outros artifícios destinados a melhorar o rendimento do motor. No condensador a temperatura do vapor seria mantida baixa (cerca de 37º.c) enquanto no cilindro permaneceria elevada. Procurou assim, alcançar o máximo de vácuo no condensador. Watt fechou o cilindro, que antes permanecia aberto, eliminou totalmente o ar e criou uma verdadeira máquina a vapor.
Endividado, associou-se a John Roebuck, que lhe proporcionou a ajuda financeira de que necessitava. Foi então possível construir um protótipo e proceder à correcção de algumas falhas. Matthew Boulton, dono de uma firma de engenharia, comprou a parte de Roebuck e deu início à construção das máquinas projectadas por Watt. Essa máquina, que permitiu aumentar em 75% o rendimento da máquina de Newcomen, deu origem à primeira patente registada por James Watt em 1769. O ápice de suas invenções ocorreu depois que Boulton o instigou a converter o movimento recíproco do pistão para produzir uma grande força rotacional, tornando a manivela uma solução mais lógica e prática. Esta juntamente com o mecanismo de biela-manivela inventado pelo inglês James Pickard em 1780 (permitiu transformar o movimento rectilíneo alternativo do êmbolo da máquina a vapor num movimento rotativo de volante) contribuíram decisivamente para o avanço da Revolução Industrial.
De 1776 a 1781, Watt viajou pelo Reino Unido ajudando a instalar
as suas máquinas. Fez melhorias e modificações nas máquinas a
vapor, e também algumas que facilitaram a sua construção e instalação.
Escreveu também um artigo para a Royal Society de Londres, em 1783, sugerindo que a água seria uma combinação de dois gases, ideia que viria a ser confirmada por Antonie Lavoisier. Watt descobriu também métodos de trabalhar com a expansão do vapor. Em 1785, Watt e Boulton tornaram-se membros da Royal Society. E Watt em 1790 completou os aperfeiçoamentos da sua máquina a vapor, a qual recebeu o seu nome e se tornou fundamental para o sucesso da Revolução Industrial. Essa então começou a ser rapidamente empregada para retirar a água das minas, para o aquecimento de máquinas em moinhos de farinha, em fiações, tecelagens e na fabricação do papel.
Henry Ford (1863-1947), empreendedor norte-americano, foi o primeiro empresário a aplicar a montagem em série de forma a produzir em massa automóveis em menos tempo e a um menor custo.
A introdução do modelo Ford T numa linha de produção em série
revolucionou os transportes e a indústria dos Estados Unidos.
Henry Ford foi um inventor prolífico e registou 161 patentes nos Estados Unidos. Como único
dono da Ford Company, tornou-se um dos homens mais ricos e conhecidos do mundo.
No dia 16 de Junho de 1903, dia da fundação da Ford Motor Company, foi investido
um capital de 150.000 dólares (em valores da época), de 12 sócios, sendo que 28.000
dólares foram investidos pelo próprio Ford, que então tinha 40 anos de idade, na época.
À Ford é atribuído o "fordismo", isto é, a produção em grande quantidade de automóveis a baixo custo por meio da utilização do artifício conhecido como linha de montagem, o qual tinha condições de fabricar um carro a cada 98 minutos, além dos altos salários oferecidos aos seus operários. O intenso empenho de Henry Ford para baixar os custos resultou em muitas inovações técnicas e de negócios, incluindo um sistema de franquias que instalou uma concessionária em cada cidade da América do Norte, e nas maiores cidades em seis continentes. Ford deixou a maior parte de sua grande riqueza para a Fundação Ford, mas providenciou para que sua família pudesse controlar a companhia permanentemente.
A linha de montagem
A linha de montagem dinâmica foi concebida por Henry Ford inicialmente para a fabricação dos automóveis Ford no ano de 1913, sendo desde essa data considerada uma das maiores inovações tecnológicas da era industrial, pois graças a ela o tempo de produção de peças sofreu um decréscimo significativo, permitindo que dessa maneira se produzisse em maior quantidade, o que mais tarde acabou por se reflectir no preço dos produtos, tornando assim os mesmos mais acessíveis a outras classes sociais.
Ilustração da linha de montagem de carroçarias do modelo T em 1914.
As linhas de montagens são utilizadas desde então no processo de produção em série, para que o produto em fabricação seja deslocado ao longo de postos de trabalho, mas a sua eficiência depende da combinação de quatro condições indispensáveis:
- Componentes estandardizados;
- Movimento mecânico;
- Equipamento de precisão;
- Processos padronizados.
O legado de Ford
As ideias de Henry Ford modificaram todo o pensamento da época, foi através delas que se desenvolveu a mecanização do trabalho, produção em massa, padronização do maquinário e do equipamento, e por consequência dos produtos, forte segregação do trabalho manual em relação ao trabalho braçal - o operário não precisava pensar apenas como fazer seu trabalho, mas efectuá-lo com o mínimo de movimentação possível.
Ford também implementou a política de metas, mesmo não possuindo esse nome, afirmando que X carros deveriam ser produzidos em Y dias. Além disso, revolucionou o tratamento dispensando aos trabalhadores, pois melhorou o salário deles; segundo Ford, ao mesmo tempo em que, pelo pagamento de um salário substancial para aqueles que trabalhavam com a produção e a distribuição, ocorria o aumento de poder de compra proporcionalmente, criando um movimento económico cíclico. Por esses motivos pode-se dizer que Henry Ford tornou-se um grande marco, sendo hoje muito estudado nas áreas de administração. Henry Ford faleceu em Dearborn, em 7 de Abril de 1947. Encontra-se sepultado no Cemitério Woodlawn, Detroit, no Condado de Wayne, Michigan (E.U.A.).
Um dos mais incríveis cientistas da história humana. Assim pode ser definido Nikola Tesla, de etnia servia, nascido na aldeia de Smiljan, Vojna Krajina (actual Croácia), pertencente então ao Império Austríaco, em 10 de Julho de 1856. Suas criações, especialmente no campo da comunicação, fazem parte da tecnologia actual, quase sempre sem o devido reconhecimento ao inventor.
Entre as suas contribuições nos campos da engenharia mecânica e electrotécnica, estão os sistemas de potência eléctrica em corrente alternada, sistemas polifásicos de distribuição de energia, o efeito Tesla de transmissão sem fio de energia, a robótica, o controle remoto, o radar, a ciência computacional e a balística. A invenção mais famosa, no entanto, é aquela sobre a qual reside a maior controvérsia: o rádio. A paternidade do aparelho mudou de mãos em disputas judiciais e de motivação comercial. Na batalha, o austríaco, naturalizado norte-americano em 1891, sofreu com a fragilidade financeira perante o italiano Guglielmo Marconi. Em 1943 o Supremo Tribunal dos Estados Unidos acreditou-o como sendo o inventor do rádio. O seu primeiro emprego nos Estados Unidos foi justamente sob o comando de Edison. E foi lá que nasceram os desentendimentos entre ambos que levaram à "Guerra das Correntes".
Guerra das Correntes
A Guerra das Correntes foi uma disputa entre George Westinghouse e Thomas Edison que ocorreu nas duas últimas décadas do século XIX. Os dois tornaram-se adversários devido à campanha publicitária de Edison pela utilização da corrente contínua para distribuição de electricidade, em contraposição à corrente alternada, defendida por Westinghouse e Nikola Tesla.
George Westinghouse, Jr. (1846-1914), empresário e
engenheiro norte-americano, criou entre muitas outras
invenções, um freio a ar comprimido para locomotivas
e foi um dos pioneiros da indústria da electricidade. O
seu nome é especialmente conhecido devido à marca
de acessórios e equipamentos eléctricos que ostenta o
seu nome.
Durante os primeiros anos de fornecimento de electricidade, a corrente contínua foi determinada como padrão nos Estados Unidos e Edison não estava disposto a perder os rendimentos de sua patente. A corrente contínua funciona bem com lâmpadas incandescentes, responsáveis pela maior parte do consumo diário de energia, e com motores. Tal corrente podia ser directamente utilizada em baterias de armazenamento, promovendo valiosos níveis de carregamento e reservas energéticas durante possíveis interrupções do funcionamento dos geradores. Os geradores de corrente contínua podiam ser facilmente associados em paralelo, permitindo a economia de energia através do uso de dispositivos menores durante períodos de alto consumo eléctrico, além de melhorar a confiabilidade. O sistema de Edison inviabilizava qualquer motor a corrente alternada.
A partir de um trabalho com campos magnéticos rotacionais, Tesla desenvolveu um sistema de geração, transmissão e uso da energia eléctrica proveniente de corrente alternada. Tesla fez uma parceria com George Westinghouse para comercializar esse sistema. Westinghouse comprou com antecedência os direitos das patentes do sistema polifásico de Tesla, além de outras patentes de transformadores de corrente alternada, de Lucien Gaulard e John Dixon Gibbs e dessa forma driblando o monopólio de patentes reivindicado por Thomas Edison.
Havia diversas explicações para essa rivalidade. Edison era um experimentador voraz, mas não era matemático. A corrente alternada não pode ser devidamente entendida ou aproveitada sem um conhecimento substancial de matemática e física, o que Tesla possuía. Tesla havia trabalhado para Edison, mas quando soube das ideias de Tesla da transmissão de energia por corrente alternada, Edison recusou-as. Maus sentimentos foram exacerbados quando Tesla foi enganado por Edison ao prometer-lhe uma recompensa por seu trabalho. Edison, mais tarde, teria se arrependido, por não ter ouvido Tesla e utilizado a corrente alternada.
O génio de Tesla
Hábil com a ciência por trás dos fenómenos, Tesla dependia menos da prática para produzir invenções. Por isso, até ganhou a fama de futurista. O inventor desenvolveu meios de transmitir electricidade sem fio a dispositivos, pensou num veículo aéreo movido a propulsão iónica e foi precursor do rádio e da robótica, entre outros feitos.
Para demonstrar o transporte de energia eléctrica sem cabos e gratuita para todos, Tesla criou uma torre de alta tensão. O Projecto Wardenclyffe, assim chamado, teve de ser abandonado por falta de orçamento em 1905. A Torre Tesla que começou a ser construída em 1901, foi demolida para a sucata em 1917, e a propriedade tomadas em execução em 1922.
Tesla na cultura popular
Nikola Tesla está presente na cultura popular enquanto personagem em livros, filmes, rádio, televisão, música, teatro, banda desenhada e jogos de vídeo. A falta de reconhecimento recebida por Tesla durante a vida tornou-o numa figura trágica e inspiradora que se adapta bem à ficção dramática. Tesla tem aparecido sobretudo na ficção científica onde as suas invenções encaixam bem. O impacto das tecnologias inventadas por Nikola Tesla é um tema recorrente em muitos tipos de ficção científica. Muitos das suas realizações foram usadas, com alguma controvérsia, para apoiar várias pseudociências, teorias sobre ovnis, e as primeiras formas de ocultismo New Age.
Fim da sua vida.
Sofrendo de distúrbio obsessivo-compulsivo, o que contribuiu para a sua fama de cientista maluco, Tesla vivia preso boa parte do seu tempo em casa.
Viveu os seus últimos 10 anos de vida, no hotel em Nova Iorque, onde morreu em 1943, aos 86 anos de idade.
A ciência nunca mais foi a mesma e nem o mundo. Estas palavras revelam o desenvolvimento espectacular da ciência na sociedade.
Os peritos elegeram como personalidades importantes no mundo da ciência, nomes como Albert Einstein, Charles Darwin, Galileu Galilei e Isaac Newton.
Nomes que põem em causa conceitos científicos há muito estabelecidos como verdades. Como é o caso de Albert Einstein que revolucionou a física, ao provar a teoria atómica e a física quântica, e que o tempo é relativo ao espaço, deitando por terra a física newtoniana que vinha de dois séculos; a geopolítica, ao lançar os princípios da fissão nuclear; os costumes, ao tornar a ciência menos absoluta com sua revolução.
É preciso um certo tipo de pessoa para responder a quatro grandes desafios da física no mesmo ano. Alguém que com isso, torna inválidas as bases mais fundamentais do conhecimento, estabelecidas 200 anos antes. Einstein foi um dos maiores nomes da ciência do século XX, que ousou desafiar conceitos profundamente enraizados, como espaço e tempo, com a Teoria da Relatividade.
Nos 200 anos que o precederam, a física parecia escrita em pedra, uma ciência inabalável. Einstein provou que o mundo era mais complicado do que se imaginava e que toda a ciência podia cair por terra diante de uma nova descoberta. E esse impacto devastador foi sentido bem longe dos laboratórios. A ciência perdeu sua aura de infalibilidade. Durante o século XX, os intelectuais começaram a duvidar da própria possibilidade do conhecimento científico, ou das intenções dos cientistas, muitas vezes reforçando preconceitos ou estruturas de poder da sociedade. O resultado indirecto disso foi a onda de ideais e pregadores anticientíficos, que vem desde os anos 60.
Outra teoria científica que perdurou durante séculos é a teoria do Universo geocêntrico ou geocentrismo. Na Antiguidade era raro quem discordasse dessa visão; e entre os filósofos que defendiam esta teoria, o mais conhecido era Aristóteles. Foi o matemático e astrónomo grego Claudius Ptolomeu (90-168 D.C.) que na sua obra "Almagesto", deu a forma final a esta teoria geocêntrica, que se baseia na hipótese de que a Terra estaria parada no centro do Universo com os corpos celestes, e o Sol girava ao seu redor. A visão geocêntrica predominou no pensamento humano até ser contrariado pelo astrónomo e matemático polaco Nicolau Copérnico (1473-1543), que defendia uma hipótese igualmente antiga, a hipótese heliocêntrica, criada pelo astrónomo grego Aristarco de Samos (310-230 A.C.). Nesta teoria heliocêntrica, a Terra e os demais planetas giram à volta do Sol.
Apesar de as discussões da possibilidade do heliocentrismo datarem da antiguidade clássica, só 1800 anos mais tarde, no século XVI, o tema ganhou notoriedade explícita ao suscitar e estabelecer o divórcio entre o pensamento dogmático religioso e o pensamento científico. A somar a isso, o julgamento de Galileu perante a Santa Inquisição, por defender tal teoria.
O matemático e astrónomo polaco Nicolau Copérnico foi o primeiro a apresentar um modelo matemático e completo de um sistema heliocêntrico. Ainda sem a acurada precisão e um pouco confuso, contudo, o modelo de Copérnico foi mais tarde reestruturado, expandido e aprimorado por Johannes Kepler. A explicação física causal para o modelo de Kepler foi fornecida por Isaac Newton via lei da gravitação universal, sendo o modelo então estabelecido de grande valia até hoje.
Por outro lado, a proposta de Darwin que as espécies se originam por processos inteiramente naturais contradiz a crença religiosa na criação divina tal como é apresentada na Bíblia, no livro de Génesis. As discussões que o livro "A Evolução das Espécies" desencadeou se disseminaram rapidamente entre o público, criando o primeiro debate científico internacional da história.
O facto de se pensar que o ser humano descende de uma espécie de macaco abalou as crenças religiosas de Adão e Eva. Originou assim o eterno debate da controvérsia da criação versus evolução. O criacionismo é a crença religiosa de que a humanidade, a vida, a Terra e o Universo são a criação de um agente sobrenatural (Deus).
Albert Einstein (1879-1955), físico teórico judeu alemão, radicado nos Estados Unidos em 1933, desenvolveu a teoria da relatividade geral, um dos dois pilares da física moderna, ao lado da mecânica quântica. Embora mais conhecido por sua fórmula de equivalência massa-energia, E=mc², que foi chamada de "a equação mais famosa do mundo", foi laureado com o Prémio Nobel de Física de 1921, por suas contribuições à física teórica, e especialmente, por sua descoberta da lei do efeito fotoeléctrico", que foi fundamental no estabelecimento da teoria quântica.
E = energia,
m = massa,
c = a velocidade da luz no vácuo.
No início de sua carreira acreditava que a mecânica newtoniana não era mais suficiente para reconciliar as leis da mecânica clássica com as leis do campo electromagnético. Isto o levou ao desenvolvimento da teoria da relatividade especial. Percebeu, no entanto, que o princípio da relatividade também poderia ser estendido para campos gravitacionais, e com a sua posterior teoria da gravitação, de 1916, publicou um artigo sobre a teoria da relatividade geral. Continuou a lidar com problemas da mecânica estatística e teoria quântica, o que levou às suas explicações sobre a teoria das partículas e o movimento browniano. Também investigou as propriedades térmicas da luz, o que lançou as bases da teoria dos fotões de luz. Em 1917, aplicou a teoria da relatividade geral para modelar a estrutura do universo como um todo.
Einstein estava nos Estados Unidos quando Hitler chegou ao poder na Alemanha, em 1933, e não voltou para o seu país de origem, onde tinha sido professor da Academia de Ciências de Berlim. Estabeleceu-se então nos Estados Unidos, onde naturalizou-se em 1940. Na véspera da Segunda Guerra Mundial, ajudou a alertar o presidente Franklin Delano Roosevelt que a Alemanha poderia estar desenvolvendo uma arma atómica, recomendando aos Estados Unidos começar uma pesquisa semelhante, o que levou ao que se tornaria o Projecto Manhattan.
Apoiou as forças aliadas, denunciando no entanto a utilização da fissão nuclear como uma arma. Mais tarde, com o filósofo britânico Bertrand Russell, assinou o Manifesto Russell-Einstein, que destacou o perigo das armas nucleares. Foi afiliado ao Instituto de Estudos Avançados de Princeton, em Nova Jersey (E.U.A.), até à sua morte em 1955.
Einstein em Nova Iorque na sua primeira visita aos Estados Unidos, em 1921.
Einstein realizou diversas viagens ao redor do mundo, deu palestras públicas em conceituadas universidades e conheceu personalidades célebres de sua época, tanto na física quanto fora do mundo académico. Publicou mais de 300 trabalhos científicos, juntamente com mais de 150 obras não científicas.
As suas grandes conquistas intelectuais e originalidade fizeram da palavra "Einstein",
sinónimo de génio.
Em 1999, 100 físicos elegeram Einstein como o mais memorável físico de todos os tempos. No mesmo ano a revista Time, baseado num inquérito com as pessoas mais importantes e influentes, classificou Albert Einstein, a pessoa do século XX.
Isaac Newton (1643-1727), cientista inglês, mais reconhecido como físico e matemático, embora tenha sido também astrónomo, alquimista, filósofo natural e teólogo.
A sua obra "Philosophiae Naturalis Principia Mathematica" é considerada uma das mais influentes na história da ciência. Publicada em 1687, esta obra descreve a lei da gravitação universal e as três leis de Newton, que fundamentaram a mecânica clássica. Ao demonstrar a consistência que havia entre o sistema por si idealizado e as leis de Kepler do movimento dos planetas, Newton foi o primeiro a demonstrar que os movimentos de objectos, tanto na Terra como em outros corpos celestes, são governados pelo mesmo conjunto de leis naturais.
Lei da Gravitação Universal
A gravidade é uma das quatro forças fundamentais da natureza, em conjunto com a força forte, electromagnetismo e força fraca. Na física moderna, a descrição mais precisa da gravidade é dada pela teoria geral da relatividade de Einstein, segundo a qual o fenómeno é uma consequência da curvatura espaço-tempo que regula o movimento de objectos inertes.
A clássica Lei da gravitação universal de Newton postula que a força da gravidade é proporcional às massas dos corpos em interacção e inversamente proporcional ao quadrado da distância entre si. Esta descrição oferece uma aproximação precisa para a maioria das situações físicas, entre as quais os cálculos de trajectória espacial.
Do ponto de vista prático, a atracção gravitacional da Terra confere peso aos objectos e faz com que caiam ao chão quando são soltos (como a atracção é mútua, a Terra também se move em direcção aos objectos, mas apenas por uma ínfima fracção).
Do ponto de vista cosmológico, a gravidade faz com que a matéria dispersa se aglutine, e que essa matéria aglutinada se mantenha intacta, permitindo dessa forma a existência de planetas, estrelas, galáxias e a maior parte dos objectos macroscópicos no universo.
A gravidade é ainda responsável por manter a Terra e os demais planetas e satélites nas respectivas órbitas, pela formação das marés pela convecção natural, por aquecer o interior de estrelas e planetas em formação e por vários outros fenómenos na Terra e no Universo.
A obra de Newton
Newton construiu o primeiro telescópio reflector operacional e desenvolveu a teoria das cores baseada na observação que um prisma decompõe a luz branca em várias cores do espectro visível. Ele também formulou uma lei empírica de resfriamento e estudou a velocidade do som.
Este cientista inglês nascido em Londres foi um dos principais precursores do Iluminismo, criou o binómio de Newton, e fez ainda outras descobertas importantes para a ciência. Quatro de suas principais descobertas foram realizadas em sua casa, isto ocorreu no ano de 1665, período em que a Universidade de Cambridge foi obrigada a fechar suas portas por causa da peste que se alastrava por toda a Europa. Na fazenda onde morava, o jovem e brilhante estudante realizou descobertas que mudaram o rumo da ciência: o teorema binomial, o cálculo, a lei da gravitação e a natureza das cores. Entre muitas de suas realizações escreveu e publicou obras que contribuíram significativamente com a matemática e com a física. Além disso, escreveu também sobre química, alquimia, cronologia e teologia.
Newton sempre esteve envolvido com questões filosóficas, religiosas e teológicas, e também com a alquimia, e suas obras mostravam claramente seu conhecimento a respeito destes assuntos. Newton tinha um temperamento tranquilo e era uma pessoa bastante modesta. Ele se dedicava muito ao seu trabalho e muitas vezes deixava até de se alimentar e também de dormir por causa disso. Além de todas as descobertas que fez, acredita-se que ocorreram muitas outras que não foram anotadas. Diante de todas as suas descobertas, que sem sombra de dúvida, contribuíram e também ampliaram os horizontes da ciência, este cientista brilhante acreditava que ainda havia muito a se descobrir. E em 1727, morreu após uma vida de grandes descobertas e realizações.
Numa sondagem promovida pela Royal Society, Newton foi considerado o cientista que causou maior impacto na história da ciência. De personalidade sóbria, fechada e solitária, para ele, a função da ciência era descobrir leis universais e enunciá-las de forma precisa e racional.
Frases de Isaac Newton:
- "Se vi mais longe foi por estar de pé sobre ombros de gigantes".
- "O que sabemos é uma gota, o que ignoramos é um oceano".
- "Eu consigo calcular o movimento dos corpos celestiais, mas não a loucura das pessoas".
- "Nenhuma grande descoberta foi feita jamais sem um palpite ousado".
Galileu Galilei (1564-1642), físico, matemático, astrónomo e filósofo italiano, foi personalidade fundamental na revolução científica. Foi um dos principais representantes do Renascimento Científico dos séculos XVI e XVII. Viveu a maior parte de sua vida em Pisa e em Florença, na época integrantes do Grão-Ducado da Toscana.
Galileu Galilei desenvolveu os primeiros estudos sistemáticos do movimento uniformemente acelerado e do movimento do pêndulo. Descobriu a lei dos corpos e enunciou o princípio da inércia e o conceito de referencial inercial, ideias precursoras da mecânica newtoniana. Galileu melhorou significativamente o telescópio refractor e com ele descobriu as manchas solares, as montanhas da Lua, as fases de Vénus, quatro dos satélites de Júpiter, os anéis de Saturno e as estrelas da Via Láctea. Estas descobertas contribuíram decisivamente na defesa do heliocentrismo. Contudo a principal contribuição de Galileu foi para o método científico, pois a ciência assentava numa metodologia aristotélica.
O físico desenvolveu ainda vários instrumentos como a balança hidrostática, um tipo de compasso geométrico que permitia medir ângulos e áreas, o termómetro de Galileu e o precursor do relógio de pêndulo. O método empírico, defendido por Galileu, constitui um corte com o método aristotélico mais abstracto utilizado nessa época, devido a este, Galileu é considerado como o "pai da ciência moderna".
Por sua visão heliocêntrica, o astrónomo italiano teve que ir a Roma em 1611, pois foi acusado de herege. Condenado, foi obrigado a assinar um decreto do Tribunal da Inquisição, onde declarava que o sistema heliocêntrico era apenas uma hipótese. Contudo, em 1632, voltou a defender o sistema heliocêntrico e deu continuidade aos seus estudos. Muitas ideias fundamentadas por Aristóteles foram colocadas em discussão por indagações de Galileu. Entre elas, a dos corpos leves e pesados caírem com velocidades diferentes. Segundo Galileu, os corpos leves e pesados caem com a mesma velocidade.
Em 1642, Galileu morreu cego e condenado pela Igreja Católica por suas convicções científicas. Teve suas obras censuradas e proibidas. Contudo, uma de suas obras (sobre mecânica) foi publicada mesmo com a proibição da Igreja, pois seu local de publicação foi em zona protestante, onde a interferência católica não tinha influência significativa.
Frases de Galileu Galilei:
- " A Matemática é o alfabeto com que Deus escreveu o Universo".
- "Meça o que é mensurável e torne mensurável o que não é".
- " Todas as verdades são fáceis de entender, uma vez descobertas. O caso é descobri-las".
Charles Darwin (1809-1882), naturalista britânico, alcançou fama ao convencer a comunidade científica da ocorrência da evolução e propor uma teoria para explicar como ela se dá por meio da selecção natural e sexual. Esta teoria culminou no que é agora, considerado o paradigma central para explicação de diversos fenómenos na biologia.
Darwin começou a se interessar por História Natural na universidade enquanto era estudante de Medicina, e depois, Teologia. A sua viagem de cinco anos a bordo do brigue "HMS Beagle" e escritos posteriores trouxeram-lhe reconhecimento como geólogo e fama como escritor. O naturalista inglês surpreendeu-se com a grande quantidade de espécies de animais e plantas que encontrou nas regiões pesquisadas. Na América do Sul, por exemplo, chamou-lhe a atenção a grande diversidade de tentilhões que conheceu nas ilhas Galápagos (costa ocidental da América do Sul). Nestes cinco anos de pesquisa científica e nos estudos que realizou com todo material colectado e observado, procurou descobrir a razão da existência desta grande diversidade de plantas e animais.
Foi no ano de 1859 que escreveu um dos seus principais
livros: "A Origem das Espécies". Nesta obra procura
explicar a evolução das espécies vegetais, e principalmente,
animais no nosso planeta.
Numa outra obra, intitulada "A Origem do Homem"
explica o surgimento da raça humana no nosso planeta.
Mas desde os anos 30 do século XIX que Darwin reescrevia as notas de "A Origem do Homem", que só seria publicado em 1871. O livro insere abertamente os macacos na nossa árvore genealógica e considera as raças humanas uma única família, diversificada pela «selecção sexual» - a provocadora teoria de Darwin que diz que a escolha por parte das fêmeas dos machos em competição leva a características raciais divergentes. Por tudo isso, "A Origem do Homem" de Darwin continua a influenciar a maneira como nos vemos enquanto seres humanos.
Os dois livros revolucionaram o conhecimento científico a respeito da origem e evolução dos seres vivos no planeta, contrariando as explicações religiosas. As obras geraram profundos debates e controvérsias, principalmente entre os sectores mais conservadores da sociedade. Actualmente, as ideias darwinianas são aceitas no mundo científico. De acordo com suas explicações, o motivo de existir pequenas diferenças na descendência, entre os animais e plantas, fazem com que determinadas espécies possam viver mais tempo do que outras. As espécies que vivem mais podem gerar um número maior de descendentes, facto que permite o aparecimento de novos tipos de variações.
A expressão "Homem da Renascença" representa alguém capaz de ser muito competente em actividades distintas.
Mas na realidade, a maioria dos homens da Renascença era tal como hoje, especialista no seu ofício:
- Cristóvão Colombo não pintava.
- Maquiavel não desenhava engenhos de guerra.
- Miguel Ângelo não inventava máquinas voadoras, mas actuava como arquitecto e escultor.
Leonardo da Vinci entrava nesta lista da categoria do Homem da Renascença: como o mais votado na categoria arte, mas também foi um finalista nas categorias invenção e engenharia.
Era alguém que ora poderia estar pintando "A Última Ceia", como a projectar tanques de guerra e máquinas voadoras. Mais tarde dedicou-se aos estudos de anatomia humana, e ainda teve uma presença na escultura, antes de se dedicar outra vez à pintura. Por mais visionário que fosse, a maioria de seus projectos acabou ficando no papel. Foi como artista que ele acabou eternizado.
O homem Vitruviano de Leonardo da Vinci
sintetiza o ideário renascentista: humanista e
clássico.
A palavra Renascença foi cunhada pelo pintor Giorgio Vasari em 1550, no seu livro "Vida dos Artistas". Significava o renascimento da técnica perdida da Antiguidade, mas também do interesse no ser humano e em estudar e copiar a natureza. Para Vasari, Leonardo marca o início da Alta Renascença, o período de auge do movimento.
Leonardo da Vinci começou a pintar, aos 14 anos, na oficina de seu mestre, Verrocchio. Nessa época, as grandes novidades eram e o trabalho de sombras e volumes. Mas tudo ainda tinha um certo ar medieval, um tanto sombria, pesada e solene, com temas quase exclusivamente religiosos. Isso é visível mesmo nos primeiros quadros de Da Vinci. É a evolução da sua pintura que mostra o exacto momento dessa passagem.
Baseado nos seus estudos de anatomia humana, de observações da natureza e experiências com luz, Leonardo da Vinci criou imagens cada vez mais realistas, atento aos detalhes de como funcionavam músculos, tendões e posturas corporais, mas também foi capaz de infundi-las de vida, de expressão. De uma outra atitude que não era mais a de ansiar pelo Paraíso enquanto se aguentava a vida terrena. De objectos de recordação religiosa, os quadros se tornaram uma janela para a vida. A própria composição dos quadros de Leonardo, quase sempre triangular, era uma manifestação de harmonia, uma razão redescoberta, que podia compreender a natureza.
Miguel Ângelo Buonarroti é um dos maiores artistas de todos os tempos, um homem cujo nome se tornou sinónimo de "obra-prima". Escultor, pintor, arquitecto e poeta, foi um dos fundadores da Alta Renascença e mais tarde um dos expoentes do Maneirismo. Um génio atormentado e raramente satisfeito com os seus trabalhos. Interessado no estudo das formas do corpo humano e nas expressões e gestos dos homens, Miguel Ângelo realizou as suas obras mais importantes por encomenda dos poderosos papas da Igreja Católica.
Miguel Ângelo di Lodovico Buonarroti Simoni, nasceu na cidade de Capresse, na Itália, no dia 6 de Março de 1475. Porém, o artista passou parte de sua infância e adolescência na cidade de Florença. Como grande parte dos pintores e escultores da época, Miguel Ângelo começou a carreira artística sendo aprendiz de um grande mestre das artes. Seu mestre, que lhe ensinou as técnicas artísticas, foi Domenico Girlandaio. Após observar o talento do jovem aprendiz, Girlandaio encaminhou-o para a cidade de Florença, para aprender com Lorenzo de Médici. Na Escola de Lorenzo de Medici, Miguel Ângelo permaneceu por 2 anos (1490 a 1492). Em Florença, recebeu influências artísticas de vários pintores, escultores e intelectuais da época, já que a cidade era um grande centro de produção cultural.
Depois fixou-se em Roma, onde deixou a maior parte de suas obras mais representativas. Sua carreira se desenvolveu na transição do Renascimento para o Maneirismo, e seu estilo sintetizou influências da arte da Antiguidade clássica, do primeiro Renascimento, dos ideais do Humanismo e do Neoplatonismo, centrado na representação da figura humana e em especial no nu masculino, que retractou com enorme pujança.
Várias de suas criações estão entre as mais célebres da arte do ocidente, destacando-se na escultura o Baco, a Pietà, o David, as duas tumbas Medici e o Moisés; na pintura o vasto ciclo do tecto da Capela Sistina e o Juízo Final no mesmo local, e dois frescos na Capela Paulina; serviu como arquitecto da Basílica de São Pedro implementando grandes reformas na sua estrutura e desenhando a cúpula, remodelou a praça do Capitólio romano e projectou diversos edifícios, e escreveu grande número de poesias.
O seu legado
Miguel Ângelo foi repetidas vezes disputado por várias cidades, que tentaram seduzi-lo com pensões vultosas para que se estabelecesse entre eles.
Até mesmo o sultão da Turquia desejou tê-lo na sua corte:
- Os banqueiros Gondi de Florença puseram à sua disposição quaisquer quantias que ele desejasse.
- O rei da França, Francisco I, lhe ofereceu 3000 coroas para lá se radicar.
- A Signoria de Veneza, uma pensão vitalícia de 600 coroas e liberdade completa de acção.
Foi estimadíssimo por todos os seus patronos; mesmo o turbulento Papa Júlio II, com quem discutiu inúmeras vezes, lhe mostrava caloroso afecto. Júlio III, embora não o tenha empregado para nenhuma tarefa definida em consideração à sua idade avançada, constantemente solicitava seu conselho e se mostrava tão atencioso a ponto de dizer que daria seu sangue e anos de sua vida para prolongar a de Miguel Ângelo, queria sempre que ele sentasse ao seu lado e abria caminho quando ele passava.
Morte de Miguel Ângelo
Miguel Ângelo morreu em 18 de Fevereiro de 1564, aos 89 anos de idade na cidade de Roma. Até aos dias de hoje é considerado um dos mais talentosos artistas plásticos de todos os tempos. Um dos maiores representantes do Renascimento Italiano. "Pietá", "O Juízo Final", "Moisés", "A Criação de Adão", e o "Tecto da Capela Sistina" são algumas das obras que eternizaram o artista.
Algumas das suas obras artísticas:
Na escultura:
Baco feito entre 1496 e 1498, em mármore, tem 2,03 metros de altura.
Baco segura na sua mão esquerda uma
pele de leão e um cacho de uvas de onde
se alimenta um fauno apresentando também
uma elevada atenção ao pormenor.
Representando o Deus da mitologia romana, Baco, a escultura foi encomendada pelo banqueiro e coleccionador Jacopo Galli para o seu jardim seguindo a tipologia da escultura da antiguidade clássica e transmitindo jovialidade e sensualidade. Esta obra impulsionaria a carreira de Miguel Ângelo.
A Pietà (em português Piedade) é talvez a mais conhecida e uma das mais famosas esculturas feitas pelo artista. A Pietà está na Basílica de São Pedro, em Roma, na primeira capela da alameda do lado direito. Tem 1,74 metro por 1,95 metro e é feita em mármore.
A escultura representa Jesus morto nos braços da Virgem Maria. A fita que atravessa o peito
da Virgem Maria traz a assinatura do autor, única que se conhece: MICHAEL ANGELUS.
BONAROTUS. FLORENT. FACIEBA(T), ou seja, «Miguel Angelo Buonarotus de Florença fez».
David é uma das esculturas mais famosas do artista. O trabalho retracta o herói bíblico com realismo anatómico impressionante, sendo considerada uma das mais importantes obras do Renascimento. A escultura encontra-se em Florença, em Itália, cidade que originalmente encomendou a obra.
A estátua de David feita em mármore mede 5,17
metros. Devido à genialidade que sempre foi
atribuída à obra, ela foi escolhida como símbolo
máximo da República de Florença. Miguel Ângelo
levou três anos para concluir a escultura (começou-a
em 1501 e concluiu-a em 1504).
Moisés é uma das principais obras do artista renascentista. Conta-se que após terminar de esculpir a estátua de Moisés, Miguel Ângelo passou por um momento de alucinação diante da beleza da escultura. Bateu com um martelo na estátua e começou a gritar: «Por que não falas?»
Observando atentamente a estátua, pode-se
verificar que Moisés possui um par de chifres
acima dos seus olhos, nascendo por baixo dos
seus cabelos.
Uma explicação para o sucedido poderá ser a tradução errada de karan (baseado na raiz keren, que geralmente significa "chifre"; o termo é actualmente interpretado como significando "radiando" ou "emitindo raios") feita por São Jerónimo para o latim. A escultura está na Basílica de San Pietro in Vincoli, em Roma. Segundo Ernesto Fischer, no seu livro "A Necessidade da Arte" (capítulo II), esta obra não só personificava o ideal do Homem do Renascimento, como também se apresentava como um repto para que a sociedade de então encarnasse esse ideal: no fundo, o mesmo desejo de Moisés, ao trazer as tábuas da lei que deveriam reformar a sociedade do seu tempo.
Na pintura:
O Tecto da Capela Sistina é um monumental fresco de Miguel Ângelo, realizado
entre os anos de 1508 e 1512, na Capela Sistina, no Vaticano, como o nome indica.
Entre os frescos cita-se "A Criação de Adão", um fresco de 2,80 metros x 5,70 metros, pintado
por volta de 1511, que figura no tecto da Capela Sistina. A cena representa um episódio do Livro
do Génesis no qual Deus cria o primeiro homem: Adão.
"O Juízo Final" é um fresco do pintor renascentista italiano que mede 13,7 metros x 12,2
metros, pintado na parede do altar da Capela Sistina. É na visão do artista, uma representação
do Juízo Final inspirada na narrativa bíblica.
O Impressionismo foi um movimento artístico que nasceu em Paris, em 1874, graças a um grupo de pintores que se revoltou contra as regras académicas. É o primeiro movimento moderno. A primeira acção do pintor impressionista foi abandonar o ateliê sombrio e levar o seu cavalete para o ar livre, sob a luz do sol. A mudança foi radical.
Oscar-Claude Monet (1840-1926), pintor francês, foi o mais célebre entre os pintores impressionistas. O termo impressionismo surgiu devido a um dos primeiros quadros de Monet, "Impressão, nascer do Sol", de uma crítica feita ao quadro pelo pintor e escritor Louis Leroy: "Impressão, nascer do Sol" - eu bem o sabia! Pensava eu, justamente, se estou impressionado é porque há lá uma impressão. E que liberdade, que suavidade de pincel! Um papel de parede é mais elaborado que esta cena marinha". A expressão foi usada originalmente de forma pejorativa, mas Monet e seus colegas adoptaram o título, sabendo da revolução que estavam iniciando na pintura.
"Impressão, nascer do Sol" é a mais célebre e importante obra
do impressionista Claude Monet. É um óleo sobre tela, datado
de 1872 (mas provavelmente realizado em 1873), que representa
o nascer da matina no porto de Havre, com uma cerrada névoa
sobre o estaleiro, os barcos e as chaminés no fundo da composição.
Nascido em Paris, o início da sua carreira artística foi marcado por dificuldades financeiras. Porém, na década de 1870, Monet começou a obter sucesso. As suas obras de arte seguiam, como temática principal, as paisagens da natureza. Trabalhava de forma harmónica as cores e luzes, criando imagens belas e fortes.
Neste contexto artístico, podemos citar a série de pinturas que realizou sobre a catedral de Rouen (1892-1894), onde o artista retractou a construção em diversos momentos do dia, com variações de luminosidade. Vale a pena destacar também as obras de arte com temas aquáticos como por exemplo, os murais no Museu I’orangerie.
"Mulheres no Jardim" é uma pintura do impressionista francês,
datado de 1866-1867. Trata-se de um óleo sobre tela. O quadro
retracta o quotidiano burguês de quatro senhoras, que ocupam a
sua manhã a colher flores no jardim, sob a sombra das árvores.
Nesta cena primaveril, é notável a habilidade de Claude Monet na representação do traje feminino. No quadro o artista também explora intensamente a luz, mostrando um exímio jogo de luminosidade, estudo que lhe seria muito útil durante o seu percurso impressionista, iniciado poucos anos mais tarde.
Em Paris, o rio Sena e as belas paisagens serviram de inspiração para numerosos quadros de Monet e seus amigos que puderam pintar ao ar livre.
Quadro "O Estuário do Sena" de Claude Monet.
Em 1899, Monet pintou em Giverny, as famosas séries de quadros chamadas "Nenúfares". Na sua propriedade em Giverny, Monet tinha um lago e uma pequena ponte japonesa que inspirou a série de nenúfares. Estas obras quando foram expostas fizeram grande sucesso. Era o reconhecimento tardio de um génio da pintura.
O quadro Nenúfares pintado em 1904 retracta os nenúfares no lago do jardim
do pintor, em Giverny. A tela é um testemunho vivo da busca pela perfeição da
luminosidade de Monet, nos seus trabalhos. A paleta de cores é exuberante,
variando entre verdes, castanhos, azuis e rosas esquiços ou salmão, remetendo-nos
para o início da matina, o nascer do sol. Na água do lago estão patentes perfeitos
reflexos das árvores, que rodeiam o lago de Giverny.
Esta tela pertence à célebre série de pinturas do mesmo nome que o presente trabalho: "Nenúfares". Esta é talvez o melhor trabalho pertencente à série, e é considerado uma das mais prodigiosas pinturas concebidas por Monet.
Morte de Monet
Monet teve uma catarata no fim da sua vida. A doença o atacou por causa das muitas horas com seus olhos expostos ao Sol, pois gostava de pintar ao ar livre em diferentes horários do dia e em várias épocas do ano, o que foi outra característica do Impressionismo. Durante sua doença Monet não parou de pintar, usou nessa época de sua vida cores mais fortes como o vermelho-carne e vermelho goiaba, cor tijolo, entre outros verdes, rosas, vermelhos e cores mais fortes. Monet morreu em 1926, deixando um legado artístico reconhecido até aos dias actuais. Alguns críticos de arte consideram Monet um dos mais importantes pintores de todos os tempos.
Paul Cézanne (1839-1906), pintor pós-impressionista francês, cujo trabalho forneceu as bases da transição das concepções do fazer artístico do século XIX para a arte radicalmente inovadora do século XX. Cézanne pode ser considerado como a ponte entre o impressionismo do final do século XIX e o cubismo do início do século XX. A frase atribuída a Matisse e a Picasso, de que Cézanne "é o pai de todos nós", deve ser levada em conta.
Após uma fase inicial dedicada aos temas dramáticos e grandiloquentes próprios da escola romântica, Paul Cézanne criou um estilo próprio. Introduziu nas suas obras distorções formais e alterações de perspectiva em benefício da composição ou para ressaltar o volume e peso dos objectos. Concebeu a cor de um modo sem precedentes, definindo diferentes volumes que foram essenciais para suas composições únicas.
Cézanne não se subordinava às leis da perspectiva e sim, as modificava. A sua concepção da composição era arquitectónica; segundo as suas próprias palavras, o seu próprio estilo consistia em ver a natureza segundo as suas formas fundamentais: a esfera, o cilindro e o cone. Cézanne preocupava-se mais com a captação destas formas do que com a representação do ambiente atmosférico. Não é difícil ver nesta atitude uma reacção de carácter intelectual contra o gozo puramente colorido do impressionismo.
Cézanne cultivava sobretudo a paisagem e a representação de naturezas mortas, mas também pintou figuras humanas em grupo e retratos. Antes de começar as suas paisagens estudava-as e analisava os seus valores plásticos, reduzindo-as depois a diferentes volumes e planos que traçava à base de pinceladas paralelas. Árvores, casas e demais elementos da paisagem subordinam-se à unidade de composição. As suas paisagens são subtilmente geométricas. Cézanne pintou sobretudo a sua Provença natal ("O Golfo de Marselha" e as célebres versões sucessivas de "O Monte de Sainte-Victoire").
"O Golfo de Marselha visto de L'Estaque" (1885) de Paul Cézanne.
"O Monte de Sainte-Victoire" (1896-1898) de Paul Cézanne.
Nas suas numerosas naturezas mortas, tipicamente compostas por maçãs, levava a cabo uma exploração formal exaustiva que é a terra fecunda de onde surgirá o cubismo poucos anos mais tarde.
"Natureza morta com cesta".
Entre as representações de grupos humanos, são muito apreciadas as suas cinco versões de "Os Jogador de Cartas", uma série de pinturas a óleo sobre tela feita entre 1890 e 1895 pelo pintor Paul Cézanne.
Uma versão de "Os Jogadores de Cartas" foi vendida em 2011 para a família real do Qatar
por um preço variadamente estimado de 250 milhões de dólares (190 milhões de euros),
tornando-se o trabalho de arte mais caro vendido até essa altura.
A Mulher com Cafeteira, pela sua estrutura monumental e serena, marca o grande momento classicista de Cézanne.
"Mulher com Cafeteira" (1890-1894). O retrato
desta mulher velha usando um vestido azul,
revela a impessoalidade com que Cézanne
trabalhava seus quadros.
Legado
Após a morte de Cézanne em 1906, as suas pinturas foram exibidas em Paris em Setembro de 1907, no Salon D’Automne. A mostra causou um grande impacto na direcção da vanguarda parisiense, tornando-o um dos artistas mais influentes do século XIX e o responsável pelo advento do Cubismo. As explorações de simplificação geométrica e dos fenómenos ópticos inspiraram Picasso, Braque, Gris e outros, que passaram a experimentar múltiplas visões, mais complexas, de um mesmo objecto chegando, finalmente, à fractura da forma. Cézanne abriu uma das mais revolucionárias possibilidades de exploração artística no século XX, influenciando profundamente o desenvolvimento da arte moderna.
Arte Moderna é um termo que se refere às expressões artísticas surgidas no final do século XIX, que se estenderam até a metade do século XX. Na arte moderna vê-se a influência da Revolução Industrial, das máquinas a vapor, do aumento das velocidades, da fotografia, do cinema, do avião, do estudo da mente entre outros elementos que contribuíram para a mudança do pensamento e das atitudes. Deste estilo os peritos elegeram nomes como Pablo Picasso, o Mestre do Cubismo.
"Abaporu", obra da pintora brasileira Tarsila do Amaral, que foi um
dos expoentes do Modernismo.
O artista espanhol Pablo Picasso (1881-1973) é considerado um dos mais importantes artistas plásticos do século XX, tendo destacado em diversas áreas das artes plásticas: pintura, escultura, artes gráficas e cerâmica.
Pablo Picasso nasceu na cidade espanhola de Málaga, fez seus estudos em Barcelona, porém trabalhou principalmente na França. Seu talento para o desenho e artes plásticas foi observado desde sua infância. É conhecido por ser o co-fundador do cubismo, inventor da escultura construída, o co-inventor da colagem e pela variedade de estilos que ajudou a desenvolver e explorar.
As suas obras podem ser divididas em várias fases, de acordo com a valorização de certas cores:
- Fase Azul (1901-1904) foi o período onde predominou os tons de azul. Nesta fase, o artista dá uma atenção toda especial aos elementos marginalizados pela sociedade.
- Fase Rosa (1905-1907), predomina as cores rosa e vermelho, e suas obras ganham uma conotação lírica. Recebe influência do artista Cézanne e desenvolve o estilo artístico conhecido como cubismo. O marco inicial deste período é a obra "Les Demoiselles d'Avignon" (1907), cuja característica principal é a decomposição da realidade humana.
"Les Demoiselles d'Avignon" (As senhoritas de Avignon) é um dos quadros mais notáveis
do pintor espanhol Pablo Picasso pintado em 1907. É considerado um quadro pré-cubista.
Os nomes das suas fases finais são controversos:
- A Fase Africana (1907-1909).
- O Cubismo Analítico (1909-1912). A prioridade dada à forma é máxima, tal que a composição cromática aponte quase para uma só cor. O objecto é de tal forma distorcido que quase tende para a abstracção, ficando no limite do perceptível e do abstracto. No cubismo analítico há a predominância de poucas cores: preto, cinzento e tons de castanho e ocre.
- O Cubismo Sintético (1912-1919) é a última fase do Cubismo. Também conhecido como cubismo de colagens. Esta decorre do começo da utilização de elementos tais como letras, bocados de madeira, cartas. Estes eram introduzidos numa tentativa de estimular a visão, desfazendo a carga hermética característica do cubismo analítico. O cubismo de colagens não visa explorar a expressão ou a decoração, mas sim a realização da própria peça enquanto obra de arte.
Em 1937, no auge da Guerra Civil Espanhola (1936-1939), Picasso pinta seu mural mais conhecido: "Guernica". Esta obra já pertence ao expressionismo e mostra a violência e o massacre sofridos pela população da cidade basca de Guernica. A obra "Guernica" foi exposta no pavilhão da República Espanhola. Medindo 3,50 metros por 7,82 metros, esta tela pintada a óleo é normalmente tratada como representativa do bombardeamento sofrido pela cidade espanhola de Guernica em 26 de Abril de 1937, por aviões alemães, apoiando o ditador Francisco Franco.
Na "Guernica", a pintura foi feita com o uso das cores preto e branco, algo que demonstrava
o sentimento de repúdio do artista ao bombardeamento da pequena cidade espanhola.
Claramente em estilo cubista, Picasso retracta pessoas, animais e edifícios nascidos pelo
intenso bombardeamento da força aérea alemã (Luftwaffe).
Na década de 1940, volta ao passado e pinta diversos quadros retomando as temáticas do início de sua carreira. Neste período, Picasso passa a dedicar-se a outras áreas das artes plásticas: escultura, gravação e cerâmica. Já na década de 1960, começa a pintar obras de artes de outros artistas famosos: "O Almoço Sobre a Relva" de Manet" e "As Meninas" do Artista Plástico Velázquez, são exemplos deste período.
Já com 87 anos, Picasso realiza diversas gravuras, retomando momentos da juventude. Nesta última fase de sua vida, aborda as seguintes temáticas: a alegria do circo, o teatro, as tradicionais touradas e muitas passagens marcadas pelo erotismo.
A pintura "Mulheres de Argel", de Pablo Picasso, foi a obra mais cara já vendida num
leilão, na casa Christie`s, em Nova Iorque. Em 11 de Maio de 2015, o quadro foi arrematado
por 179,3 milhões de dólares por um comprador cujo nome não foi divulgado.
Pablo Picasso morreu a 8 de Abril de 1973 em Mougins, França, com 91 anos de idade. Excepcionalmente prolífico durante a sua longa vida, Picasso conquistou renome universal e imensa fortuna graças às suas conquistas artísticas revolucionárias, tornando-se uma das mais conhecidas figuras da arte do século XX.
A arte conceptual ou arte conceitual foi iniciada em 1965, e prevaleceu pela década de 70, o que implicou uma remodelação dos processos criativos e expressivos. Nesta arte valoriza-se mais a ideia da obra do que o produto acabado, sendo que às vezes este produto nem mesmo precisa de existir. É bastante expressada através de fotografias, vídeos, mapas, textos escritos e performances. Não existem limites muito bem definidos para que uma obra seja considerada Arte Conceptual já que esta abrange vários aspectos tendo como intenção desafiar as pessoas a interpretar uma ideia, um conceito, uma crítica ou uma denúncia. O objectivo é que o observador reflicta sobre o ambiente, a violência, o consumo e a sociedade. Esta arte é vivenciada por todos os observadores do mesmo modo ou seja, ela não possui nenhuma singularidade aos olhos de quem a vê. Apesar da arte conceptual ter surgido nos anos 60, a sua origem é mais antiga, tendo Marcel Duchamp (1887-1968), como seu precursor.
Marcel Duchamp (1887-1968), pintor, escultor e poeta francês, cidadão dos Estados Unidos a partir de 1955, e inventor dos ready made.
Marcel Duchamp é um dos precursores da arte conceitual
e introduziu a ideia de ready-made como objecto de arte.
Ready-made
O ready-made nomeia a principal estratégia artística de Marcel Duchamp. É uma forma ainda mais radical da arte encontrada. Essa estratégia refere-se ao uso de objectos industrializados âmbito da arte, desprezando noções comuns à arte histórica como estilo ou manufactura do objecto de arte e referindo sua produção primariamente à ideia. O ready-made é manifestação radical da intenção de Marcel Duchamp de romper com a artesania da operação artística, uma vez que se trata de apropriar-se de algo que já está feito: escolhe produtos industriais, realizados com finalidade prática e não artística (urinol de louça, pá, roda de bicicleta), e os eleva à categoria de obra de arte.
Caracteriza-se por uma operação de sentido que faz retornar o literário ao problema da arte, contrariando a ênfase modernista na forma do objecto artístico. O conceito de alegoria retorna na forma de uma operação que indicia um significado novo num objecto concreto. Ao adoptar tal operação de sentido, Duchamp termina por implicar mais que a obra de arte; é necessário tratar de toda a constelação estética que envolve a obra e da conjuntura de sentido que a produz, mas também a que a sustenta e sanciona.
"A Fonte", um urinol de porcelana branco, é considerado uma das obras mais
representativas do dadaísmo na França. Criado em 1917, é uma das mais notórias
obras do artista Marcel Duchamp. Em Janeiro de 2006, estimava-se que a obra
valeria cerca de 3 milhões de euros.
Marcel Duchamp começou sua carreira como artista criando pinturas de inspiração romantista, expressionista e cubista. Dessa fase, destaca-se o quadro "Nu descendo a escada", que apresenta uma sobreposição de figura de aspecto vagamente humano numa linha descendente, da esquerda para a direita, sugerindo a ideia de um movimento contínuo.
"Nu Descendo uma Escada", pintura feita em 1912
por Marcel Duchamp. O trabalho é amplamente
considerado como um clássico modernista e se tornou
um dos mais famosos de seu tempo.
Este quadro "Nu Descendo uma Escada", na época de sua génese, foi mal recebido pelos partidários do Cubismo, que o julgaram profundamente irónico para com a proposta artística por eles pretendida. Nesta fase lhe rendeu ainda, o quadro "Rei e Rainha rodeados por rápidos nus", que sugere um rápido movimento através de duas figuras humanas.
O quadro "A Noiva" apresenta formas
geométricas bastante delineadas e
sobrepostas, insinuando uma figura
de proporções humanas.
Sua carreira como pintor estendeu-se por mais alguns anos, tendo como produto quadros de inegável valor para a formação da pintura abstracta. É no entanto, como escultor que Duchamp vai atingir grande fama. Tendo se mudado para Nova Iorque e largado a Europa numa espécie de estagnação criativa, Duchamp encontra na América um solo fértil para sua arte dadaísta.
Decorrente dessa fase, e em virtude de seus estudos sobre perspectiva e movimento, nasce o projecto para a obra mais complexa do artista: "A noiva despida pelos seus celibatários", ou conhecida pelo nome "O Grande Vidro".
Trata-se de duas lâminas de vidro, uma sobre a outra, onde se vê
uma figura abstracta na parte de cima, que seria a noiva, e na parte
de baixo, se percebe uma porção de outras figuras (feitas de cabides,
tecido e outros materiais), dispostas em círculo, ao lado de uma
engrenagem (retirada de um moinho de café).
Essa obra consumiu anos inteiros de dedicação de Duchamp, e só veio a público muito depois do início de sua construção, intercalada, portanto, por uma série de obras. Não se tem um consenso acerca do que representa essa obra, mas diversas opiniões em conflito, com base em psicologismos e biografismos, renderam e ainda rendem bastante discussão.
Pop Art, movimento artístico surgido na década de 50 na Inglaterra, alcançou sua maturidade na década de 60 em Nova Iorque (E.UA.). O nome desta escola estético-artística coube ao crítico britânico Lawrence Alloway (1926-1990) sendo uma das primeiras, e mais famosas imagens relacionadas ao estilo - que de alguma maneira se tornou paradigma deste -, a colagem de Richard Hamilton (1922-2011): "O que Exactamente Torna os Lares de Hoje Tão Diferentes, Tão Atraentes?" de 1956.
A Pop art propunha que se admitisse a crise da arte que assolava o século XX, desta maneira pretendia demonstrar com suas obras a massificação da cultura popular capitalista. Procurava a estética das massas, tentando achar a definição do que seria a cultura pop, aproximando-se do que costuma chamar de kitsch. Diz-se que a Pop Art é o marco de passagem da modernidade para a pós-modernidade na cultura ocidental.
Deste estilo de arte, os peritos elegeram Andy Warhol como uma das figuras centrais da Pop Art nos Estados Unidos. Como muitos outros artistas da Pop Art, Andy Warhol criou obras em cima de mitos. Ao retractar ídolos da música popular e do cinema, como Michael Jackson, Elvis Presley, Elizabeth Taylor, Brigitte Bardot, Marlon Brando, e sua favorita, Marilyn Monroe, Warhol mostrava o quanto personalidades públicas são figuras impessoais e vazias; mostrava isso associando a técnica com que reproduzia estes retratos, numa produção mecânica ao invés do trabalho manual.
Da mesma forma, utilizou a técnica da serigrafia para representar
a impessoalidade do objecto produzido em massa para o consumo,
como as garrafas de Coca-Cola e as latas de sopa Campbell.
Andy Warhol, nascido Andrej Varhola, Jr. (1928-1987), empresário, pintor e cineasta norte-americano, foi a grande figura do movimento de Pop Art. Nascido em 6 de Agosto de 1928, em Pittsburgh, nos Estados Unidos, Andy Warhol era o terceiro filho de emigrantes da Checoslováquia. O pai, Andrei, veio para os Estados Unidos para evitar ser recrutado pelo exército austro-húngaro, no fim da Primeira Guerra Mundial. Em 1921 a mulher, Júlia, juntou-se-lhe, tendo a família ido viver para Pittsburgh.
Nos primeiros anos de estudo, Warhol teve coreia, uma doença do sistema nervoso que provoca movimentos involuntários das extremidades, que se acredita ser uma complicação da escarlatina e causa manchas de pigmentação na pele. Tornou-se um hipocondríaco, desenvolvendo um medo de hospitais e médicos. Muitas vezes de cama quando criança tornou-se um excluído entre os seus colegas de escola, ligando-se fortemente com sua mãe. Às vezes quando estava confinado à cama, desenhava, ouvia rádio e coleccionava imagens de estrelas de cinema ao redor de sua cama. Warhol depois descreveu esse período como muito importante no desenvolvimento da sua personalidade, do conjunto de suas habilidades e de suas preferências.
Aos 17 anos, em 1945, entrou no Instituto de Tecnologia de Carnegie, em Pittsburgh, hoje Universidade Carnegie Mellon e se graduou em design. Logo após, mudou para Nova Iorque e começou a trabalhar como ilustrador de importantes revistas, como Vogue, Harper's Bazaar e The New Yorker, além de fazer anúncios publicitários e displays para vitrinas de lojas. Começa aí uma carreira de sucesso como artista gráfico ganhando diversos prémios como director de arte do Art Director's Club e do The American Institute of Graphic Arts.
Fez a sua primeira mostra individual em 1952, no Hugo Galley onde exibe 15 desenhos baseados na obra de Truman Capote. Esta série de trabalhos é mostrada em diversos lugares durante os anos 50, incluindo o MOMA, Museu de Arte Moderna, em 1956. Passa a assinar Warhol.
A série de "Latas de Sopa Campbell" foi produzida por Warhol em 1962
e é uma das suas obras mais conhecidas.
Na década de 60, sua trajectória como artista plástico sofre uma reviravolta, pois ele passa a se apropriar das ideias publicitária nas suas criações, valendo-se de tonalidades fortes e tintas acrílicas. Neste mesmo período, renova o movimento conhecido como Pop Art, ao gerar mecanicamente inúmeras cópias de seus trabalhos, através de uma técnica denominada serigrafia: processo de reprodução de imagens sobre papel, madeira, vidro, entre outros materiais, o qual utiliza uma moldura com tela de seda ou nylon formado por malhas; a tinta passa através das malhas permeáveis, que correspondem à imagem a ser impressa, permanecendo as restantes impermeáveis à tinta.
Andy concretiza essa produção artística com temas extraídos do dia-a-dia, como latas de sopas Campbell, garrafas de Coca-Cola, rostos de ícones da indústria cultural, entre eles, os de Marilyn Monroe, Elvis Presley, Che Guevara, Michael Jackson, entre outros. As colagens e a utilização de matéria-prima descartável, geralmente não utilizada pelos artistas plásticos, foram outras técnicas privilegiadas por Andy.
Atentado a Andy Warhol
Em 1968, Valerie Solanas (1936-1988), feminista radical lésbica e escritora norte-americana, invade o estúdio de Warhol e o fere com três tiros, mas o ataque não é fatal e Warhol se recupera, depois de se submeter a uma cirurgia que durou cinco horas.
Valerie Solanas foi autora do livro "SCUM Manifesto"
onde encoraja a criação de uma sociedade dirigida
pelas mulheres, livre do controle masculino. Este
episódio é tema do filme "I shot Andy Warhol"
(Eu atirei em Andy Warhol), dirigido por Mary
Harron, em 1996.
Morte de Andy Warhol
Em 1987, Andy Warhol foi operado à vesícula biliar. A operação correu bem mas morreu no dia seguinte.
Andy Warhol está enterrado no cemitério católico bizantino de São João Batista no Estado
da Pensilvânia (E.U.A.).