Petróleo abaixo dos 90 dólares nos EUA
30 Dezembro 2010
Os preços do crude estão a intensificar as quedas após o anúncio de uma queda abaixo do esperado das reservas norte-americanas na semana passada. Nos EUA, quebraram a fasquia dos 90 dólares.
O petróleo está a reforçar o movimento de descida nos mercados internacionais, penalizado pelo decréscimo inferior ao previsto dos inventários de crude nos EUA.
O contrato de Fevereiro do West Texas Intermediate (WTI), “benchmark” para os Estados Unidos, segue a ceder 1,8% no mercado de Nova Iorque, para 89,52 dólares por barril, quando antes do anúncio sobre o volume dos inventários estava a negociar nos 90,18 dólares. Foi a primeira vez desde 22 de Dezembro que o WTI se fixou abaixo dos 90 dólares.
Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude de referência para a Europa, está a desvalorizar 0,71% para 93,86 dólares, contra um recuo de 0,79% (nos 93,40 dólares) antes da divulgação dos dados sobre as reservas.
A gasolina, em contrapartida, está a travar as perdas, depois de se saber que os seus inventários caíram mais do que o esperado. A gasolina para entrega em Janeiro segue a recuar 0,3%, para 2,3841 dólares por galão (3,78 litros), no mercado nova-iorquino, quando se fixava nos 2,3791 dólares antes de serem conhecidos estes dados.
De acordo com a informação divulgada hoje pelo Departamento norte-americano da Energia (DoE), os “stocks” de crude diminuíram em 1,258 milhões de barris na semana terminada a 24 de Dezembro, para 339,4 milhões, quando os analistas inquiridos pela Bloomberg apontavam para uma queda de 2,85 milhões de barris. Na semana precedente tinham caído 5,33 milhões de barris.
Os inventários de gasolina, em contrapartida, subiram em 2,31 milhões de barris no mesmo período, quando a previsão era de um aumento de 1,5 milhões de barris.
Quanto aos “stocks” de produtos destilados – que incluem gasóleo e combustível para aquecimento – registaram um acréscimo de 243 mil barris, contra a projecção de uma descida de 625 mil barris.
As cotações do “ouro negro” estão também a ser penalizadas pelos dados relativos ao índice de confiança do Conference Board nos EUA, que desceu inesperadamente em Dezembro, para 52,5 pontos – ou seja, para menos do que o previsto nas estimativas mais baixas.
Por outro lado, o índice S&P Case-Schiller do preço das casas nos EUA caiu 0,8% em Outubro deste ano face ao mesmo mês do ano passado, naquele que foi o maior declínio homólogo desde Dezembro de 2009, o que está igualmente a pressionar a matéria-prima.
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