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Birmânia: UE saúda abertura da Junta à ajuda humanitária mas pede ainda mais acesso à
Birmânia: UE saúda abertura da Junta à ajuda humanitária mas pede ainda mais acesso à região
11 de Maio de 2008, 18:36
Bruxelas, 11 Mai (Lusa) - O comissário para o Desenvolvimento e Ajuda Humanitária da União Europeia (UE) saudou hoje os "sinais de abertura" da Birmânia à ajuda internacional, apelando, no entanto, às autoridades que facilitem ainda mais o acesso das organizações.
"Peço ao Governo que permita a entrada de mais trabalhadores humanitários, permitindo assim o acesso à zona atingida" pelo ciclone Nargis, disse Louis Michel em comunicado, no qual admite que a Comissão Europeia está disposta a aumentar o seu contributo.
"A Comissão está disposta a dar mais, mas os fundos não irão servir de muito se não existirem profissionais no terreno para distribuir a ajuda", referiu.
O comissário indicou na passada quinta-feira que a UE poderia desbloquear "até mais 30 milhões de euros em ajudas" quando as autoridades birmanesas permitissem um amplo acesso à ajuda humanitária.
O ciclone Nargis que devastou o sul da Birmânia no fim-de-semana passado fez 28.458 mortos e 33.416 desaparecidos, segundo um novo balanço oficial provisório divulgado hoje pela televisão estatal.
O anterior balanço, divulgado sábado, era de 23.335 mortos e 37.019 desaparecidos.
Diplomatas ocidentais em Rangum estimam em pelo menos 100.000 o número de mortos.
A ajuda humanitária tem chegado à Birmânia, mas submetida a várias restrições pela Junta Militar, que tem exigido nomeadamente que sejam os militares birmaneses a distribuir a ajuda pelas populações.
"Centenas de milhares de vidas estão em jogo, sendo ainda necessária a mobilização de uma grande operação internacional na região", insistiu Louis Michel.
"A Birmânia deveria utilizar a experiência da comunidade humanitária internacional em zonas de crise em todo o mundo. O seu trabalho é independente e imparcial", concluiu o comissário.
Uma das organizações humanitárias que hoje recebeu autorização para entrar no país foi a francesa Médicos do Mundo, que tem um avião a caminho da Birmânia.
"Médicos do Mundo obteve autorização para manter o seu carregamento e gerir a distribuição da sua ajuda a partir da chegada do frete a Rangum segunda-feira de manhã", divulgou a organização em comunicado.
"Estamos autorizados a deslocar-nos em toda a zona atingida, incluindo a região do delta" do rio Irrawaddy, a mais devastada pelo ciclone Nargis, disse a porta-voz dos Médicos do Mundo (MDM), Céline Morel.
SCA.
Fonte:Lusa/Fim
Birmânia: UE saúda abertura da Junta à ajuda humanitária mas pede ainda mais acesso à região
11 de Maio de 2008, 18:36
Bruxelas, 11 Mai (Lusa) - O comissário para o Desenvolvimento e Ajuda Humanitária da União Europeia (UE) saudou hoje os "sinais de abertura" da Birmânia à ajuda internacional, apelando, no entanto, às autoridades que facilitem ainda mais o acesso das organizações.
"Peço ao Governo que permita a entrada de mais trabalhadores humanitários, permitindo assim o acesso à zona atingida" pelo ciclone Nargis, disse Louis Michel em comunicado, no qual admite que a Comissão Europeia está disposta a aumentar o seu contributo.
"A Comissão está disposta a dar mais, mas os fundos não irão servir de muito se não existirem profissionais no terreno para distribuir a ajuda", referiu.
O comissário indicou na passada quinta-feira que a UE poderia desbloquear "até mais 30 milhões de euros em ajudas" quando as autoridades birmanesas permitissem um amplo acesso à ajuda humanitária.
O ciclone Nargis que devastou o sul da Birmânia no fim-de-semana passado fez 28.458 mortos e 33.416 desaparecidos, segundo um novo balanço oficial provisório divulgado hoje pela televisão estatal.
O anterior balanço, divulgado sábado, era de 23.335 mortos e 37.019 desaparecidos.
Diplomatas ocidentais em Rangum estimam em pelo menos 100.000 o número de mortos.
A ajuda humanitária tem chegado à Birmânia, mas submetida a várias restrições pela Junta Militar, que tem exigido nomeadamente que sejam os militares birmaneses a distribuir a ajuda pelas populações.
"Centenas de milhares de vidas estão em jogo, sendo ainda necessária a mobilização de uma grande operação internacional na região", insistiu Louis Michel.
"A Birmânia deveria utilizar a experiência da comunidade humanitária internacional em zonas de crise em todo o mundo. O seu trabalho é independente e imparcial", concluiu o comissário.
Uma das organizações humanitárias que hoje recebeu autorização para entrar no país foi a francesa Médicos do Mundo, que tem um avião a caminho da Birmânia.
"Médicos do Mundo obteve autorização para manter o seu carregamento e gerir a distribuição da sua ajuda a partir da chegada do frete a Rangum segunda-feira de manhã", divulgou a organização em comunicado.
"Estamos autorizados a deslocar-nos em toda a zona atingida, incluindo a região do delta" do rio Irrawaddy, a mais devastada pelo ciclone Nargis, disse a porta-voz dos Médicos do Mundo (MDM), Céline Morel.
SCA.
Fonte:Lusa/Fim